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Trabalhando o comprometimento das pessoas

Wellington Moreira
31 dez 1969 às 21:33

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Muito se fala sobre a importância das pessoas estarem comprometidas para a execução de projetos que são lançados com grande alarde pelas companhias ou até mesmo em relação às suas tarefas cotidianas. Todavia, nem sempre é realizada uma análise criteriosa para se detectar quais são os fatores que, efetivamente, contribuirão ou não, para que as pessoas ofereçam o melhor de si.

Em primeiro lugar, cabe destacar que comprometimento é o sentimento de lealdade em relação a algo. Portanto, para que uma pessoa realmente esteja comprometida é imprescindível que ela crie significado em relação àquilo que faz. Mas, como saber o que desperta determinado ser humano a dedicar-se 110% a uma determinada causa?

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Um caminho que muitos têm adotado é conhecer os interesses e motivações do indivíduo em questão. Resposta bastante simples, mas que revela grande profundidade, pois muitos gestores, por exemplo, aumentam os salários de seus colaboradores acreditando que isto será suficiente para que obtenham uma performance superior no trabalho e pouco tempo depois estão frustrados com os resultados. Qual o problema? Diagnóstico incorreto, isto é, não descobriram o que realmente poderia despertar uma entrega maior destas pessoas.

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Sua empresa até pode garantir que o quadro de colaboradores permanecerá oito horas por dia nos postos de trabalho, mas terá muitas dificuldades para certificar-se que os mesmos profissionais dedicar-se-ão com afinco às suas respectivas funções. Não é porque alguém compareceu à empresa que efetivamente "trabalhou". Aquilo que a sabedoria popular intitula como "estar apenas de corpo presente" e os acadêmicos chamam presenteísmo é mais comum do que os mais incrédulos imaginam.

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Mas, como saber se alguém trabalha engajado ou apenas enrola? Um exercício bastante eficaz é delegar tarefas que exijam claras responsabilidades e grande empenho. Geralmente, as pessoas acabam se mostrando verdadeiramente nestas horas. Entretanto, é fundamental que o gestor realize o monitoramento da performance a fim de saber se o resultado – tanto positivo quanto negativo – é fruto da motivação para o trabalho ou da capacidade técnica do profissional.


Ao mesmo tempo, é preciso que a companhia comunique adequadamente às pessoas o que espera delas. Muita gente não cria significado, tampouco dirige maior esforço porque não compreende a importância daquilo que realiza e seu impacto dentro da organização. E este processo deve começar por onde? Pelos esforços em possibilitar que as pessoas apreendam a missão e visão da companhia, pois como bem destaca Christian Grönroos, "empregados são o primeiro mercado para a organização".

Não acredite que o engajamento dos colaboradores seja algo natural. É, sim, o doce fruto de vários esforços organizacionais em favor de um objetivo comum, seja ele qual for.


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