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Os Conflitos de Gerações nas Empresas

Wellington Moreira
18 mai 2012 às 11:02

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Pela primeira vez na história cinco gerações estão trabalhando simultaneamente nas companhias brasileiras e uma das principais razões deste fenômeno é que muitos profissionais têm adiado sua aposentadoria por diferentes motivos. Se trocavam o terno e o tailleur pelo pijama aos 50 anos, agora é comum concluírem suas carreiras depois dos 65.

No entanto, tamanha diversidade tem causado um efeito colateral: os conflitos de relacionamento. O que se vê na prática é que esses trabalhadores possuem perspectivas, aspirações e visões de mundo díspares que os leva a buscar o mesmo objetivo a seu modo. Atitude que preocupa as empresas, principalmente aquelas que ainda não sabem lidar com este tipo de problema.

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É claro que a faixa etária não é suficiente para caracterizar alguém como membro de uma determinada tribo, especialmente porque os paradigmas, valores e vivências históricas também precisam ser compartilhados. Assim, alguém pode fazer parte de uma geração e ter a idade comum a de integrantes de outra.

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E quais são estas gerações? Os Tradicionais são aqueles nascidos até 1950, que se dedicam integralmente ao trabalho, dão grande valor a todo tipo de sacrifício necessário para alcançarem seus propósitos, cultuam a hierarquia e compreendem que as recompensas muitas vezes demoram pra chegar. Seu lema preferido é: o dever vem antes do prazer.

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Já os chamados baby-boomers são os profissionais que nasceram após a Segunda Guerra Mundial (de 1951 a 1964), tem por característica trabalharem com foco no curto prazo, são independentes, acreditam num mundo altamente competitivo e são revolucionários por natureza.


A Geração X, que nasceu entre 1965 e 1983 é formada por pessoas mais céticas, empreendedoras, que buscam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, acreditam na liderança por meio da competência e trazem consigo o pragmatismo. Além disso, trata-se de um grupo marcado pela inserção das mulheres no mercado e que transformou muitos dos costumes da sociedade contemporânea.

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Por sua vez, os integrantes da Geração Y, que vieram ao mundo entre 1984 e 1990, são otimistas, multifuncionais e aprenderam desde cedo a aceitarem a diversidade em suas relações cotidianas. Decididos e autoconfiantes, não pensam duas vezes em mudar de emprego quando já não consideram enfrentar desafios que os impulsionem e ainda têm pressa por galgarem novas posições.


E há também a Geração Z, que conta com profissionais de 17 a 20 anos de idade totalmente ligados à alta tecnologia, que aprenderam desde cedo a serem autodidatas e valorizam os relacionamentos virtuais, mas exatamente por causa disto também apresentam dificuldades quando precisam interagir presencialmente.

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Qualquer empresa é capaz de perceber que estas diferentes gerações ajudam a compor o quadro ideal para competirem num mercado cada vez mais mutante. O maior desafio dos seus líderes é justamente criarem o ambiente que possibilite às pessoas o espírito de tolerância para conviverem com aqueles que se guiam por outros paradigmas e, por isso, podem completá-los.


Na prática, mecanismos e ferramentas que facilitem o gerenciamento dos conflitos que nascem das discordâncias cotidianas entre gerentes mais velhos e subordinados mais novos – ou o inverso – e até entre os pares, já que muita energia é gasta desnecessariamente quando o trabalho precisa ser executado num ambiente de discórdia e conflitos disfuncionais periódicos.


Ao mesmo tempo, da próxima vez que você estiver com vontade de esgoelar o gerente de sua área ou a equipe toda que trabalha contigo por resistirem a perceber o mundo da mesma forma que você o vê, aproveite para rir de si mesmo. Talvez a visão míope seja a sua.


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