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20 out 2010 às 18:20

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Num mundo onde inúmeros caminhos alternativos se apresentam, tomar decisões agora e que garantirão a sua sobrevivência no futuro se tornou imperativo para todas as empresas. Além disto, mais do que o medo de cometer deslizes, é necessário seguir o conhecido ditado anônimo que preceitua: quem decide pode errar e quem não decide já errou.

Contudo, atualmente já não basta às organizações decidirem para onde desejam ir ou terem a certeza do que querem para si. É preciso que se debrucem à resposta de um questionamento: "Como chegarão lá?".

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Inúmeros planos estratégicos são deixados de lado pelas companhias quando percebem que terão de dirigir grandes esforços para alcançarem aquilo que estabeleceram sem antes questionarem com profundidade se realmente precisavam ou queriam atingir determinado patamar.

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Na obra clássica "Feitas para Durar", James Collins e Jerry Porras vão além. Eles ressaltam que as empresas devem tomar o cuidado de não serem atingidas pela "Síndrome do Já Chegamos", um veneno paralisante que surge assim que alcançam seu principal objetivo e não o substituem rapidamente por outro. É o que ocorreu, por exemplo, com a Nasa após a chegada do homem à lua.

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A visão clara do futuro é muito estimulante e necessária às organizações antes de ser atingida, pois dirige os esforços de todos os colaboradores para uma só direção, isto é, traz foco. Algo que ajuda a explicar porque muitas companhias possuem ambientes de trabalho tão borbulhantes e inovadores, como é usual em várias empresas de tecnologia.


O problema é que muitas delas perdem o embalo depois de algum tempo e ficam com a sensação de que o final da história poderia ter sido diferente. Collins e Porras detectaram em suas pesquisas que geralmente isto ocorre quando escalam uma montanha e infelizmente ainda não escolheram a próxima.

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Possuir metas desafiadoras e compartilhadas pelos colaboradores é imprescindível, mas mais importante ainda é decidir o que vocês farão depois de chegarem lá! Enquanto algumas empresas se acomodam com suas conquistas, concorrentes atentos já estão descendo a montanha para escalarem uma maior ainda.


Concordo que precisamos celebrar o alcance de um objetivo, principalmente quando há esforços hercúleos para tal, mas não se pode esquecer que a empresa pulsa quando as pessoas sabem que devem lutar por algo a mais do que apenas seu merecido salário no fim do mês.


A seleção brasileira de voleibol masculino conduzida pelo Bernardinho conquistou o tricampeonato mundial há menos de um mês na Itália e todos os jogadores sabem que sua próxima grande montanha é a Liga Mundial 2011. Alguém duvida de que eles chegarão lá novamente?



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