Inúmeras e constantes notícias ruins veiculadas pela mídia vêm assustando profissionais do mundo inteiro, inclusive no Brasil. "O que será de mim se eu for demitido?" é uma pergunta comum e que revela a insegurança pela qual os trabalhadores brasileiros passam neste momento. Todavia, também é um período que possibilita às pessoas refletirem e repensarem sua atuação na empresa ou instituição onde trabalham, em especial ao se questionarem: "será que estou agradando?" ou "eu contrataria alguém igualzinho a mim se estivesse no controle da situação?".
Fora isto, o que podemos afirmar com segurança é que profissionais altamente especializados numa só área acabam sofrendo mais neste momento de recuo da economia, pois são mais suscetíveis a intempéries do mercado. Por exemplo, imagine a ansiedade atual de quem atua como engenheiro de produção na indústria automobilística que não pára de demitir empregados. Trabalhadores que possuem altos salários e que de uma hora para outra podem se ver desempregados sem saberem por onde recomeçar, principalmente se construíram a carreira dentro desta mesma indústria automobilística.
Em suma, nos momentos de bonança profissionais altamente especializados sofrem menos e podem negociar seus "passes" para trabalharem onde for mais interessante para eles – leia-se condições de trabalho e um bom pacote de remuneração -, mas em períodos de crise são os que mais rapidamente sofrem as conseqüências. Não estou dizendo que vale a pena ser um generalista a vida toda, mas sim que adotar uma postura de ultra-especialização exige paciência, frieza, sorte e capacidade de estar sempre à frente das pessoas que fazem o mesmo que você. Um cardápio que poucos podem atender.
Profissionais generalistas podem não estar na boca de todo headhunter, mas dificilmente ficam sem boas oportunidades de trabalho em tempos como este. É que as organizações preferem contratar profissionais com habilidades múltiplas quando não sabem o que vêm pela frente. "Se o cenário mudar, podemos aproveitá-lo em outra área", destaca um gestor de RH com o qual conversei poucos dias atrás.
Outra certeza que se tem neste início de 2009 é a de que a melhor coisa a fazer é reservar tempo e dinheiro para investir em cursos que proporcionem um novo olhar sobre o mercado de trabalho e as tendências futuras de sua área de interesse. Sempre que as organizações passam por crises a palavra de ordem passa a ser INOVAÇÃO e, por conseguinte, pessoas criativas e abertas ao novo sempre estão à frente das demais.
Ah, e mesmo que você esteja confortavelmente trabalhando em sua própria empresa ou numa organização que precisa muito de sua experiência e capacidade, conserve seu currículo atualizado e mantenha-se em posição de alerta, pois a pior coisa que pode acontecer a um profissional neste momento é ser pego de surpresa sem saber qual o primeiro e importante passo a dar.
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