Tomara que nestas últimas semanas você tenha recebido feedback de seu gestor sugerindo que corrija rapidamente a performance em relação a alguns aspectos que atualmente impedem seu reconhecimento como um profissional de competência inquestionável. No entanto, como proceder após tal avaliação?
Primeiramente, não esqueça de que nem sempre será necessário ou possível reverter uma limitação atual com o objetivo de torná-la sua maior competência individual. O que você precisará fazer será controlar ou eliminar os danos que tais incapacidades provocam em seu desempenho, isto é, os prejuízos decorrentes destas inabilidades.
Um grave erro é o profissional acreditar que, com grande dedicação, seus pontos fracos de hoje certamente serão os pontos fortes de amanhã. Isto até pode ocorrer, mas no caso de pouquíssimos profissionais que têm grande potencial de desenvolvimento. Sendo assim, é muito melhor investir desde já no aperfeiçoamento dos seus verdadeiros diferenciais de competência – aquilo em que você já é ótimo –, pois eles serão os fiadores de sua empregabilidade no futuro.
Quem detém uma grande capacidade de comunicação verbal, mas não sabe lidar diretamente com números, por exemplo, pode até desenvolver habilidades de raciocínio quantitativo e controlar bem planilhas Excel, mas dificilmente será um expert nesta área. Por isto, vale muito mais a pena ser o melhor comunicador possível do que esforçar-se para ser um medíocre profissional da área financeira.
O maior problema reside exatamente nos trabalhadores que possuem uma performance abaixo da necessária em competências que são fundamentais ao seu cotidiano de trabalho. Nestes casos deixo um alerta: você provavelmente está no lugar errado e fazendo a coisa errada! Reconhecer suas limitações não é nada fácil, mas seguramente muito melhor do que dedicar uma carreira inteira a resultados diminutos.
Alguns chegam a afirmar que mesmo sendo conscientes de suas limitações de competência não pretendem mudar de área, pois já investiram muito tempo nela. A questão é que o mercado reconhece – e paga muito bem – quem é portador de talentos especiais. Já presenciei pais reservarem quantias vultosas para que seus filhos se tornassem cantores profissionais quando estes jovens eram inferiores a muitos outros músicos talentosos. O raciocínio seria diferente se cantassem de forma espetacular, pois cedo ou tarde teriam seu valor reconhecido. Entretanto, a realidade era outra.
Muitas vezes, erros de trajetória na carreira como estes acontecem com a justificativa de que o importante é fazer o que se gosta. É claro que a satisfação no trabalho influencia a performance, mas pouco vale um esforço considerável se o mercado não reconhecer em você o profissional talentoso que pensa ser. Isto explica porque encontramos cada vez mais pessoas que fazem o que gostam, mas estão frustradas com suas carreiras por não obterem o retorno que esperam, seja ele financeiro ou de reconhecimento por parte de terceiros.
Seja o melhor em alguma coisa que o mercado valoriza e procure se conservar à frente das outras pessoas de tal forma que ninguém consiga igualá-lo em competência. Ao mesmo tempo, reflita: "Em quê sou tão bom quanto ninguém consegue ser?" A resposta a esta pergunta certamente abrirá uma série de caminhos na carreira.
Contudo, esteja consciente de que sua primazia atual será apenas temporária a não ser que continue aprendendo dia após dia. Afinal de contas, o talento de hoje não garante automaticamente o sustento de amanhã.
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