Certamente você já ficou embaraçado ao ouvir a famosa pergunta "Fale-me sobre você", pronunciada por algum entrevistador que desejava conhecê-lo melhor antes de definir sua contratação. Acredito até que tenha ficado com uma imensa vontade de perguntar o porquê de tal questionamento pessoal, se o único objetivo em questão – pelo menos aparentemente – era um emprego.
É fácil compreender a postura do entrevistador quando sabemos que as atitudes de um candidato atualmente pesam mais do que sua competência técnica para um dado cargo almejado. Por quê? Há muita gente com o mesmo grau de conhecimento que você e o único diferencial explícito são seus comportamentos e atitudes valorizados pelo mercado.
Ao perguntar sua história pessoal, o entrevistador deseja conhecer a trajetória nos empregos anteriores, porque saiu de lá, suas expectativas com relação ao futuro, se pretende continuar ou retomar os estudos. E isto ele normalmente consegue descobrir ao fazer esta célebre pergunta.
Sim, questionamentos pessoais ajudam o recrutador a descobrir quem você é e quem já foi um dia frente ao desafio futurístico de prever como será o seu desempenho amanhã. Dá pra ver que entrevistador é um profissional que não gosta de surpresas, principalmente negativas e depois da entrevista de contratação.
Para quem já está trabalhando, é importante frisar que dificilmente alguém é demitido por insuficiência técnica, isto é, inabilidade para realizar uma função. Normalmente, as pessoas são dispensadas porque seus comportamentos e atitudes depõem contra aquilo que a empresa prega diariamente aos funcionários.
As empresas estão dispostas a capacitá-lo para ser um líder, mas não estão dispostas a convencê-lo de que você precisa ser um. Neste caso, elas sabem que é muito mais fácil procurar outro candidato mais consciente.
Antes de participar da próxima entrevista, pegue caneta e papel à mão e fale-me sobre você.