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Prática

Como e quando aplicar jogos de empresas com seus líderes

Equipe Caput
13 set 2016 às 09:04

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Os jogos de empresas são uma excelente ferramenta para desenvolver habilidades conceituais exigidas dos executivos que lideram um negócio. Gerentes gerais, diretores, presidentes e conselheiros precisam ser capazes de enxergar a organização como um todo, compreender as relações entre cada uma das áreas funcionais e lidar com trade-offs em vários momentos. E esse método de ensino, ao exigir várias tomadas de decisão de grande complexidade num cenário de incertezas e volatilidade, acaba sendo muito eficaz.

Já fizemos aqui no blog um post sobre Gamificação, introduzindo o assunto jogos corporativos. Nosso objetivo, agora, é explicar como e quando a sua empresa deve usá-los para desenvolver líderes. Antes disso, você precisa lembrar que a técnica consiste em simular diversas situações do ambiente empresarial por meio de um jogo no qual as pessoas têm a chance de errar e aprender com os erros, sem "custos reais".

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Uma das características mais interessantes desse método de aprendizado é que os participantes conseguem visualizar a tomada de decisão e seus efeitos em um curto período de tempo. Percebem rapidamente quando fizeram escolhas erradas que, depois, impactaram os resultados da empresa lá na frente. Coisa que na rotina corporativa é mais difícil identificar, já que uma decisão – certa ou equivocada – adotada hoje pode ter consequências só daqui a três anos, por exemplo.

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É por isso que quanto mais vezes os participantes são estimulados a tomar decisões, mais rico será o jogo e mais eficaz o aprendizado. A experiência ajuda as lideranças a entender as consequências de cada rumo de ação que elas tomam em seu dia a dia. Contudo, para ter sucesso, o método deve ser aplicado com os profissionais da empresa que realmente são os protagonistas das decisões que impactam diretamente o negócio.

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É comum algumas companhias desdenharem da técnica por considerarem que ela é apenas uma atividade lúdica e traz poucos resultados na prática. Mas será mesmo que elas estão usando o método com as pessoas certas? De nada adianta aplicar os jogos corporativos com encarregados ou supervisores, por exemplo, que no dia a dia não precisam tomar decisões além daquelas que afetam diretamente as equipes que lideram. Eles podem até aprender, mas não conseguirão aplicar o que vivenciaram na prática depois, a não ser que a sua empresa esteja preparando-os para uma posição mais alta, como de gerente geral, por exemplo.

Veja algumas dicas para não errar na hora de usar jogos de empresas na capacitação dos seus líderes:

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Defina o público-alvo. Sua primeira tarefa é determinar quais profissionais vão participar dos jogos. Não se esqueça de que o método é muito mais eficaz quando aplicado com pessoas que realmente participam do processo de tomada de decisão na sua empresa.

Escolha o jogo certo. Existem inúmeras opções de jogos corporativos disponíveis no mercado, desde os computadorizados até de tabuleiros. Você deve escolher a opção que mais se encaixa no tipo de competência ou habilidade que você deseja desenvolver nos participantes.

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Prefira os jogos com mais variáveis e etapas. Quanto mais possibilidades e cursos de ação um jogo tiver, mais eficiente ele será, porque os seus líderes terão a chance de vivenciar e tomar decisões diante de diferentes cenários e situações. É interessante, também, que ele seja aplicado em etapas. Assim, cada fase vai exigir dos participantes respostas para novos problemas.

Contrate um facilitador experiente. De nada adianta escolher um jogo muito bom e alinhado com as expectativas da empresa se o facilitador que irá aplicá-lo se perder no meio do caminho e arruinar a atividade. Por isso, certifique-se de que ele é experiente e já trabalhou com o jogo outras vezes. Só assim ele será capaz de conhecer e lidar com todas as possibilidades de aprendizado da vivência aplicada.

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Separe um tempo para os feedbacks. O aprendizado ocorre quando os participantes compreendem o problema enfrentado, tomam decisões e, depois, entendem por que suas escolhas foram boas ou ruins. Mais importante do que jogar, portanto, é oferecer uma devolutiva, um feedback daquilo que foi feito, caso contrário, tudo não vai passar de uma brincadeira de gente grande.

Aplique o jogo fora da empresa. É recomendável conduzir o game fora do ambiente formal de trabalho dos líderes, principalmente para que não ocorram interrupções durante o processo de aprendizagem. Os participantes precisam estar completamente envolvidos nas atividades para absorver todo o conhecimento.


Os jogos de empresas podem ser inseridos em um dos módulos do Programa de Desenvolvimento de Lideranças. Mas saiba que criar games muito específicos – que simulam a realidade da sua companhia e o mercado em que ela atua, por exemplo – custa caro e muitas vezes a customização é inviável. Por isso, não complique! Escolha um jogo disponível no mercado. Existem muitas empresas especializadas em Gamificação que oferecem ótimas opções.

Já testou este método com seus líderes? Conte-nos sua experiência!


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