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Chefe é a principal causa das demissões voluntárias

07 abr 2014 às 10:34

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O Plug and Play, Seminário das Gerações, da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS), que aconteceu no final do mês passado, debateu as diferenças entre as gerações que atuam no mercado de trabalho. O presidente Orian Kubaski e a vice-presidente da instituição Laira Seus abriram as atividades e agradeceram a presença dos presentes, introduzindo o palestrante Sidnei Oliveira, autor da série Geração Y.

Oliveira destacou que, hoje, além de as pessoas viverem mais, também trabalham por mais tempo. "Um em cada cinco universitários possui mais de 40 anos. O motivo? As pessoas não param de trabalhar aos 60 anos. A carreira profissional, em média, perdura 50 anos".

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Para Oliveira, a vida pode ser comparada a um ciclo, dividido em dimensões: desenvolvimento, consequências e aproveitamento. Ele explica que a geração que nasceu antes dos anos 1979 saiu mais cedo de casa para trabalhar e casou mais cedo. Já os filhos dessa geração preferem morar com os pais a ter residência própria e concluem os estudos, antes de entrar no mercado de trabalho. As grandes diferenças, aponta Oliveira, estão no fato de que os filhos expandiram o ciclo de aproveitamento e, consequentemente, retardaram o ciclo das consequências, que culmina na entrada no mercado de trabalho. O resultado, afirmou, são profissionais imaturos.

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O especialista mostrou uma pesquisa com 500 profissionais com idades entre 22 e 35 anos que pediram demissão voluntária, com base em dados do LinkedIn. Os motivos da saída apontados foram surpreendentes: a maioria saiu, não em razão de um melhor salário, cargo ou para atuar em uma empresa maior; mas sim em razão do chefe. Para ele, o grande problema do mercado de trabalho é que os líderes têm dificuldade de desenvolver sucessores e gerir pessoas. "O líder transferiu para o Recursos Humanos a responsabilidade sobre as pessoas, tanto que procura a área para demitir o seu próprio colaborador", finalizou.

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