A maionese sempre teve fama de calórica e prejudicial à saúde, sendo um dos alimentos mais evitados pela galera da dieta. A verdade, no entanto, é menos assustadora do que pintam por aí. Na tentativa de substituir o 'famigerado' molho cremoso, na hora de preparar um sanduíche muita gente opta pelo requeijão, tradicionalmente visto como um alimento natural, já que é derivado do leite.
Mas se compararmos os dois alimentos, a maionese prova que não é a vilã desta história, assim como o requeijão não é o mocinho. Feita com óleos vegetais, a maionese possui alto teor de gorduras insaturadas, consideradas "do bem" porque ajudam a reduzir o nível de colesterol ruim (LDL). Também contém ácidos graxos essenciais para o organismo, como o ômega 3 e o ômega 6, que não podemos sintetizar. Já o requeijão, de origem animal, tem 60% de sua gordura na forma saturada, que em excesso pode prejudicar o coração.
Em entrevista à revista Superinteressante o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), saiu em defesa da maionese. "A maionese industrializada tem pouco colesterol. Seriam necessários 3 potes médios (750 gramas) para obter a quantidade de colesterol de um ovo", diz. Segundo ele, os processos atuais de fabricação não alteram a estrutura dos óleos vegetais, dessa maneira não acontece a formação das temíveis gorduras trans", esclarece.
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Por outro lado as pessoas devem tomar cuidado com o consumo do molho na versão caseira. Para melhorar a consistência do creme feito em casa, é preciso adicionar uma quantidade maior de ovos, o que o torna a maionese mais calórica e rica em colesterol. A versão caseira tem ainda outro agravante: como os ovos usados em casa são crus, favorecem a contaminação por salmonela. Nada disso acontece na versão industrializada.
Se mesmo conhecendo os prós e os contras dos dois alimentos você ainda preferir o requeijão, seja pelo sabor ou pela consistência, o mais indicado é optar pelas versões light, que tem até 40% menos calorias e 50% menos gordura. Isso também vale para receitas que levam requeijão como massas ou recheios de tortas, molhos brancos e até pudins feitos à base do produto lácteo.
O lado bom e ruim de cada produto
Requeijão comum - É fonte de cálcio e proteínas e tem sabor intenso. Contra ele pesa o fato de possuir muitas calorias e gordura saturada.
Requeijão light - Também é fonte de cálcio e proteínas, mas menor teor de gorduras. O sabor é menos intenso, mas em receitas quentes nem dá pra perceber a diferença.
Maionese - É rica em gorduras insaturadas, que ajudam a reduzir colesterol ruim (LDL), e ácidos graxos essenciais ômega 3 e 6. Em contrapartida, é pobre em proteínas e vitaminas.
Maionese light - A versão 'magrinha' tem menos gordura e calorias, mas também é pobre em proteínas e vitaminas.
Maionese caseira - Em seu favor o molho caseiro tem o sabor gostoso e marcante. Porém, capricha no colesterol e é suscetível a contaminação.
Se você faz questão de preparar sua própria maionese usando ovos, confira aqui alguns cuidados que ajudam a evitar contaminações.(Com informações da revista Superinteressante)