Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Suas Compras

Queijos com a cara da Europa feitos no Brasil

Gisele Mendonça - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Existem milhares de tipos de queijos produzidos no mundo inteiro - só na França são mais de 400 - com características diferentes. No Brasil, além dos populares mussarela e parmesão (de origem italiana) e do típico de Minas, queijos nobres como os franceses brie e camembert estão se tornando mais acessíveis nos últimos anos devido à globalização e ao incremento da produção nacional.

''O bom de hoje é que o mercado oferece uma porção de produtos de qualidade que são relativamente baratos. Assim como os vinhos, já temos excelentes queijos com preços baixos'', observa o médico Luis Parellada Ruiz. Espanhol de Barcelona e radicado no Brasil há 50 anos, Parellada é conhecedor e apreciador de queijos de várias partes do mundo. Costuma consumir o produto com frequência em casa e quando viaja para o exterior. Os mais populares ele compra em supermercados e os nobres em lojas especializadas.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Antes de tudo, ele recomenda sempre ficar com queijos pasteurizados, que tenham inspeção. ''Mesmo aquele queijo trazido da fazenda pelo amigo e feito com o maior amor pode conter bactérias que vão trazer prejuízos à saúde. É preciso ter critério. A indústria hoje tem muita garantia'', alerta.

Leia mais:

Imagem de destaque
Bebida e um prato por R$22

Londrina recebe o festival gastronômico Brasil Coffee Week

imagem de legumes em uma bandeija
Oportunidade

Secretaria da Mulher oferta Curso de Manipulação de Alimentos em Londrina

Imagem de destaque
Participe!

CCI Oeste promove oficinas de culinária para idosos de Londrina

Imagem de destaque
Spaghetti, tagliatelle, fettuccine...

Inscrições para o curso gratuito de masseiro encerram nesta quarta em Cambé


Os preferidos de Parellada são os queijos camembert e gouda. O primeiro tem origem francesa e é coberto com mofo branco, tipo uma massa cremosa com sabor acentuado. O segundo, holandês, tem sabor ligeiramente adocicado, textura macia e casca fina. Ele observa que há lojas especializadas comercializando esses queijos tipo europeu fabricados no Brasil com alto padrão de qualidade e preços mais acessíveis.

Publicidade


Da sua terra natal, o médico cita o manchego, o mais popular entre os queijos espanhóis, não facilmente encontrado no Brasil. Feito com leite de ovelha, é consumido cortado em fatias e tem diferentes graus de maturação. ''Aqui no Brasil, não podemos esquecer do nosso tradicional queijo de Minas, que acompanhado de goiabada é sensacional'', destaca.


Quanto aos queijos que apresentam fungos, como o italiano gorgonzola e os franceses brie e camembert, Parellada explica que não trazem prejuízos à saúde. São queijos que podem ter cheiro forte e aparência de estragado para quem desconhece o processo. O camembert, por exemplo, depois de enformado, é pulverizado externamente por Penicillium candidum e mantido em câmara. Após uma semana começa a aparecer uma fina camada de mofo branco sobre a superfície. ''Em geral, esses fungos presentes nos queijos são Penicillium, o mesmo tipo que produz a Penicilina'', observa o médico

Publicidade


Em relação à forma de consumo, a famosa combinação queijo e vinho exige cautela. ''Os queijos geralmente são ácidos, salgados, gordurosos. Eles forram a boca e fica difícil conseguir combinar com vinho, embora a mídia fale muito dessa combinação'', repara Parellada. Ele diz que os chamados ''queijos azuis'' (gorganzola, roquefort) vão bem com vinho branco doce e os queijos de massa dura pedem vinhos mais encorpados (tintos ou brancos).


Queijos brancos sãos os mais saudáveis

Publicidade


Os queijos são fontes de proteína, cálcio e fósforo, mas alguns tipos têm elevado teor de gordura e devem ser evitados ou consumidos com moderação. ‘Os curtidos e os amarelos têm padrão de gordura mais elevado. Os mais saudáveis são os brancos, como minas ou frescal, ricota, cottage, porque apresentam menos calorias e gorduras’, explica a nutricionista Elaine Cristina de Melo.


Na hora de consumir queijo, ela diz que é preciso ter bom senso. ‘Nada é proibido desde que haja moderação. Agora, se a pessoa tem risco cardíaco ou colesterol elevado tem que evitar os queijos mais gordurosos’, diz.

Publicidade


Se a pessoa foi convidada para uma festa e sabe que não vai resistir aos vários tipos de queijos, Elaine recomenda equilíbrio entre as outras refeições do dia. ‘Fique com legumes e saladas em outros horários para compensar’, indica.
Quanto à combinação queijo e vinho, a nutricionista diz que só é interessante do ponto de vista do paladar. ‘Nutricionalmente não é bom. O vinho contém substâncias que diminuem a absorção do cálcio presente no queijo’, explica.


Variedades nobres são produzidas no Paraná

Publicidade


A produção de queijos nobres no Brasil facilita o acesso dos consumidores a esses produtos de qualidade. No Paraná, a Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum, em Palmeira (40 km ao sul de Ponta Grossa), fabrica oito queijos tipo europeu, de origens francesa, italiana e suíça. A chefia da produção está a cargo de um mestre queijeiro que veio da Suíça.


‘Até pouco tempo atrás quem podia consumir queijos finos era só a classe alta, pois as únicas opções eram importadas. Hoje, com a produção nacional, está bem mais acessível’, observa Rafael Figueiredo, representante comercial da Witmarsum no Norte do Paraná. Segundo ele, os queijos tipo europeu comercializados pela cooperativa são em média 50% mais baratos do que os importados.

Publicidade


As variedades são asiago, reblochon, brie, camembert, gorgonzola, appenzeller, emmental e raclette. Tem também o tipo fondue (mistura de appenzeller, emmental e raclette). A cooperativa também produz o colonial (desenvolvido por eles), o minas frescal e a ricota fresca.


Entre os europeus, os mais caros são o brie e o camembert (R$ 50 o quilo) e o mais barato, o asiago (R$ 20 o quilo). Como forma de popularizar os produtos, a cooperativa oferece um kit com sete tipos de queijos tipo europeu e dois coloniais (natural e com pimenta verde) por R$ 60 (a caixa tem cerca de 2,6 kg).


A Witmarsum produz aproximadamente treze toneladas de queijo por mês e abastece o mercado do Sul e Sudeste do Brasil. No Norte do Paraná, os produtos são vendidos para lojas especializadas, buffets e restaurantes.


Curiosidades sobre alguns tipos europeus:


Gorgonzola - É de origem italiana e caraceriza-se por maturação com Penicilium roqueforti, que confere aos queijos seus veios azulados. Faz parte da família dos queijos azuis ou queijo mofo azul. Destina-se a consumo puro, em tábuas de queijos, como aperitivo ou em aplicações culinárias.


Gouda - Conhecido mundialmente, é de origem holandesa. Tem sabor suave ligeiramente adocicado, textura macia e casca fina. Pode ter olhaduras ou ser de massa fechada. Destina-se a consumo puro, em sanduíches, aperitivo ou saladas.


Brie - É um queijo macio feito de leite de vaca. Seu nome vêm da província da França chamada Brie, da qual é originário. Tem cor pálida, é bem macio e com sabor forte.

Mussarela - De origem italiana, este queijo antigamente só era fabricadoa partir de leite de bufála. Hoje dada a sua grande aplicação culinária, é fabricado a partir de leite de vaca. É o queijo mais fabricado e consumido no Brasil.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo