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Para cada prato um tipo de vinho; saiba como combinar a bebida com o cardápio

22 dez 2014 às 11:50

Festas de confraternização e reuniões com pessoas queridas são eventos que fazem parte do final de ano, além da ceia de Natal e do Réveillon. E o vinho torna-se elemento principal e indispensável para essas ocasiões, mas se não estiver em harmonia com o prato servido pode deixar o encontro menos saboroso. Por isso é importante não errar ao servir a bebida ou presentear o anfitrião.

"O vinho e a refeição devem se complementar, deve haver compatibilidade. Por isso, é importante conhecer as características do vinho, como aroma e acidez, assim como conhecer o prato", explica a enófila Cátia Betta, da Wine Lovers. Ela ressalta que não é necessário ser um especialista para fazer a harmonização. "Comidas com muito sabor pedem vinhos mais encorpados como o Mandolin Syrah, Finca Altorfer Cabernet Sauvignon ou Miros de Ribera Crianza Tempranillo. Pratos mais delicados, vinhos mais leves", diz.


Em uma reunião com amigos, uma boa pedida é a combinação ‘queijos e vinhos’. Contudo, Cátia ressalta que apesar de comum, essa dupla é de difícil harmonização. "Para não errar, o ideal é seguir a regra básica: queijos leves com vinhos brancos, como Spann Betsy Blond e Owl Ridge Sauvignon Blanc ou tintos leves Burnside Road e queijos encorpados e temperados com tintos mais encorpados", esclarece a enófila.


Para a ceia de Natal e o Réveillon, Cátia explica que se o prato for uma carne branca, frango, porco ou peru, o melhor é servir tintos leves, como Estrada Creek zinfandel ou brancos encorpados Bogle Chardonnay, originários da região Sonoma na California. Se a opção for um peixe, os mais suaves Alba de Miros Verdejo vão melhor. "Peixes de paladar mais forte, como salmão, se dão bem com vinhos brancos mais encorpados, e uma bacalhoada à portuguesa harmoniza perfeitamente com um Bogle Chardonnay", ressalta Cátia. Porém, se o prato principal consistir em carne vermelha, as melhores opções são os taninos fortes Bogle Petite Sirah Reserva. "As comidas ricas em proteína suavizam o tanino do vinho tinto de forma que os sabores de fruta conseguem se apresentar mais facilmente", explica a enófila.


Outra dica importante é que alimentos com temperos muito acentuados, como curry, shoyu ou vinagre, não combinam com vinho. Entretanto, Catia afirma que é possível harmonizar a bebida com feijoada. "Para esse prato em especial, podemos acompanhar com o californiano Pezzi King Zinfandel. Comida japonesa vai muito bem com um branco cítrico, como o Bogle Viognier e chocolates combinam com vinhos do Porto e licor de Tannat", explica a enófila.


Cátia lembra que não há regras absolutas na harmonização de vinhos. "O paladar, a experiência pessoal e o prazer não podem ser deixados de lado na hora de combinar o vinho com o prato", finaliza.


Dicas de presentes


Se a intenção é oferecer uma garrafa de vinho como presente, os cuidados devem ser outros. Um vinho simples demais pode desmerecer o amigo, já um muito sofisticado e de custo elevado pode significar um risco caro, pois nem sempre preço é sinônimo de qualidade. Nesses casos, quem atende bem a todos os paladares e bolsos é o D'Alessandro como o branco Catarrato ou Nero D'Avola Syrah).


Não errar na combinação


Vinho rosé, champanhes brut e o meio seco podem acompanhar todos os pratos;


Geralmente, alimentos com muito sabor pedem vinhos mais encorpados e pratos mais delicados, vinhos mais leves;


Carnes e assados pedem, por serem mais gordurosos, vinhos tintos, com mais taninos;


Aves combinam com tintos encorpados e aromáticos, já frangos e perus, com brancos igualmente encorpados ou tintos frutados;


Para acompanhar a sobremesa, é preferível oferecer vinhos brancos doces, como Moscatel e os de colheita tardia;

Não se adiciona cubos de gelo ao cálice de vinho, nem se aquece.


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