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Na versão light, carne de porco fica mais saudável

31 dez 1969 às 21:33

Os primeiros suínos foram introduzidos no Brasil ainda em meados de 1500. Foram trazidos pelos portugueses para procriar, já que esse animal não existia naturalmente no país. Eles descendem dos javalis, que habitavam a Europa e a Ásia e que foram domesticados com o passar dos anos. Os animais sofreram grandes transformações nos hábitos.

Atualmente, cada brasileiro consome cerca de 12 quilos de carne suína por ano, contra 36 quilos de carne bovina. Uma das intenções dos criadores é desmitificar os conceitos que a carne de porco carrega consigo.


Criação


Um dos pontos mais desfavoráveis ao consumo desse tipo de carne é a associação que as pessoas fazem entre a criação de suínos é a falta de higiene. Entretanto, esse quadro já não corresponde à realidade das grandes e modernas granjas, onde a questão sanitária envolve rotinas diárias de limpeza e desinfecção dos ambientes.


Benefícios


Após a comprovação de que a gordura suína é rica em ácidos graxos saturados, prejudiciais à saúde humana, a criação de suínos se voltou para a excelência na produção de carne. Na busca por carnes cada vez mais magras e saudáveis os pesquisadores chegaram ao porco light. No ínicio deste ano a Embrapa apresentou a terceira geração de suínos light. Esses animais produzem, em média, 62% do seu peso total em carne, com reduzida espessura de gordura. O mais importante, no entanto, é que a sua proteína é de elevado valor alimentício.


Qualidades


O médico nutrólogo Maximo Asinelli, da Clínica Asinelli, de Curitiba, ressalta que as características físicas e químicas da carne de porco são imensas. "Além se serem saudáveis, sua maciez e sabor agradável, são fatores que tornam a carne de porco bem aceita pelos consumidores" e completa, "a carne de porco possui adequado teor de proteínas (19 a 20% na carne magra) com boa combinação de aminoácidos essenciais, apresentados em forma biologicamente disponível. Também é uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, principalmente de Tiamina (B1), Riboflavina (B2) e Cobalamina (B12)", diz Maximo.


A Tiamina, por exemplo, é importante para o metabolismo das gorduras, carboidratos e proteínas, e essencial no sistema nervoso central e devido a isto é conhecida como vitamina antineurítica.


Já a Riboflavina - só encontrada em tão grande quantidade na carne suína e no leite - é essencial para a formação de células vermelhas do sangue, para a ocorrência da neoglicogênese e na regulação das enzimas tiroideanas.A riboflavina combina-se com o ácido fosfórico nos tecidos ,fazendo parte de duas coenzimas: a flavina mononucleotídio e a flavina adenina dinucleotíeo.


Essas enzimas participam dos processos de oxirredução nas células e como enzimas desidrogenases, que catalisam o primeiro passo na oxidação de intermediários do metabolismo dos ácidos graxos e da glicose e também estão envolvidas na ativação da vitamina B6.


A Cobalamina (B12) é importante no metabolismo dos ácidos nucléicos é essencial para o funcionamento de todas as células do organismo, especialmente no trato gastrointestinal, tecido nervoso e medula óssea. Atua também na maturação das células sangüíneas vermelhas e na formação da bainha de mielina. Esta envolvida no metabolismo das gorduras, proteínas e carboidratos e também do ácido fólico.


Mais vantagens


"A carne suína também se destaca pelo seu conteúdo de cálcio, fósforo e principalmente potássio, que tem importante função na normalidade da pressão sangüínea. E, como se sabe, a hipertensão tem alta prevalência na população humana e as principais indicações nutricionais para controlá-la são as de diminuir o sódio e aumentar o potássio", ressalta o nutrólogo.


Outro mineral importante da carne suína é o ferro, que é biodisponível e rapidamente assimilado pelo organismo A deficiência de ferro é especialmente sentida pelas crianças e mulheres, público alvo com riscos de anemia.

Ao consumir 85 gramas de carne suína, um indivíduo atende aos seguintes percentuais de suas necessidades diárias de nutrientes: 53% de tiamina (B1), 33% cobalamina (B12), 22% de fósforo, 20% de niacina (B3),19% de riboflavina (B2), 18% de piridoxina (B6),15% do zinco, 11% do potássio , 7 % do ferro e 6% do magnésio.


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