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Minimelancias provam que tamanho não é documento

31 dez 1969 às 21:33

Temperaturas de verão são um convite a uma dieta leve, com líquidos e frutas que aplaquem o calor. A aparência da melancia, com contraste da casca verde e a polpa de um vermelho vivo remete ao frescor que a estação exige. Algumas variedades fornecem o sabor mas numa fruta bem menor que as tradicionais que chegam a pesar dez quilos.

A variedade Jenny, desenvolvida pela Bayer Crop Science, é uma dessas alternativas. Produz um fruto de cerca de dois quilos e meio, e uma circunferência pequena, ocupa pouco lugar na geladeira e serve bem uma família de quatro pessoas. A fruta tem boa quantidade de fibra alimentar devido às minissementes comestíveis. ""Muita gente deixa de comprar a melancia normal porque a família é pequena e não dá conta de consumir uma fruta tão grande"", afirma Júlia Megumi, da Cooperativa Sul Brasil, que atende agricultores de Assaí (norte do Estado).


O produtor Jorge Nakashima está plantando pela segunda vez variedades de minimelancia. Ele conta que decidiu plantar por curiosidade, aproveitando a estrutura que tem para o plantio de melão e maçã. ""Os cuidados com a minimelancia são parecidos e não foi difícil cultivar"", afirma. As 3.400 unidades colhidas na primeira safra foram entregues na Ceasa de Londrina (PR).


Segundo Nakashima, a minimelancia exige atencão à ocorrência de pulgão, ácaro e oídio. ""O problema maior é o preço das sementes. Paguei R$ 0,50 a unidade da variedade Jenny, que plantei da primeira vez "", diz. Neste ano, plantou a variedade Kodama, cuja polpa tem cor amarela.


As minimelancias exigem também cuidados especiais, se forem cultivadas em estufa. O produtor Nakashima, por exemplo, utilizou a mesma tecnologia do melão. As frutas ficaram penduradas em galhos e necessitaram de uma rede para evitar que caíssem. Segundo Júlia Megumi, o retorno ainda não é incentivo à produção. ""Hoje os produtores recebem cerca de R$ 3,00 a unidade. Para compensar esse valor deveria ser R$ 5,00"", afirma.

O gerente geral da Ceasa Londrina, Ismael Batista Fonseca afirma que as minimelancias comercializadas na central vêm de outros estados, como São Paulo e Tocantins e geralmente atendem encomendas de supermercados.


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