Com o ritmo de vida acelerado, cresce o número de consumidores em busca de alimentos que podem ser preparados de forma rápida. E o mercado acompanha esta tendência. Além dos congelados que vêm totalmente prontos, há vários tipos de massas resfriadas que permitem ao consumidor criar seus próprios recheios e molhos. Alguns exemplos são as pizzas de frigideira e as massas prontas para panquecas e para pastel de forno. As embalagens, contendo em média 10 unidades de massa, custam entre R$ 4 e R$ 6.
É só observar os balcões refrigerados dos supermercados para constatar que há muitas opções nesta linha, que inclui ainda o macarrão e seus similares. Em geral, são produtos que ficam prontos em menos de dez minutos, levando em conta a escolha de recheios e molhos práticos. E trazem na embalagem o apelo de comida saudável, já que não precisam de óleo.
É o caso da pizza de frigideira, que deve ser feita em panela antiaderente. O modo de preparar está no rótulo: é só colocar a massa na frigideira pré-aquecida, acrescentar o recheio e tampar a panela por alguns minutos. Em relação à massa de panqueca, o produto já vem pronto para receber o recheio e o molho que o consumidor escolher; depois é só aquecer. Quanto ao pastel, depois de recheado ele deve ir ao forno por cerca de 15 minutos.
Leia mais:
Londrina recebe o festival gastronômico Brasil Coffee Week
Secretaria da Mulher oferta Curso de Manipulação de Alimentos em Londrina
CCI Oeste promove oficinas de culinária para idosos de Londrina
Inscrições para o curso gratuito de masseiro encerram nesta quarta em Cambé
Apesar de ser mais saudável, a massa para pastel de forno ainda tem mercado restrito se comparada aos tipos mais comuns de massa para fritar. No supermercado pesquisado pela reportagem, havia apenas uma marca que oferecia a opção de forno, enquanto três eram para fritar. Outra dica para quem quer evitar fritura é um tipo de massa folhada semipronta.
Atraídos pela praticidade, muitos consumidores têm o hábito de levar para casa as massas semi-prontas. Com uma receita nas mãos, o engenheiro civil Gilson Lopes comprava pizza de frigideira e ingredientes para o recheio (presunto parma, queijo, manjericão) em um supermercado. ‘Em casa, à noite, cada um se vira na refeição’, disse ele, que compra este tipo de alimento em média duas vezes por mês.
O engenheiro cita ainda um outro tipo de produto (no formato de pão sírio, não refrigerado) com o qual é possível fazer panqueca e sanduíches. ‘Meu filho gosta bastante (deste produto). Ele inventa vários tipos de recheio, com queijo, legumes, carne’, conta.
A professora Carla Montenegro Balan considera que os alimentos prontos facilitam a vida. Ela prepara o almoço de segunda a sexta, mas nos finais de semana costuma utilizar alguns tipos de produtos congelados ou resfriados. ‘Os preços são acessíveis, levando em conta que são alimentos que não usamos todos os dias’, disse.
A empregada doméstica Gisleide dos Santos de Freitas comprava massa de pastel junto com o filho Luís Fernando, 11 anos. ‘É bem prática e gostosa; um pacote rende uns vinte pastéis fritos’, afirmou ela, que não conhecia a massa de forno.
Para Abima consumidor procura praticidade
‘Produtos que facilitam o dia a dia das pessoas têm lugar garantido na mesa dos brasileiros’, analisa Cláudio Zanão, presidente da Associação Brasileira das Indústria de Massas Alimentícias (Abima), que tem 50 associados cuja produção representa 85% do consumo de massas alimentícias no Brasil.
A entidade não agrega os fabricantes de massa de pizza, panqueca e pastel, e nem tem números sobre as vendas, mas reconhece a importância deste mercado. Tanto que estuda uma forma de passar a representar esses produtos também.
‘Sabemos do interesse do consumidor pelos produtos práticos levando em conta o crescimento do setor de macarrão instantâneo, por exemplo. São produtos que agradam desde o avô até o neto’, observa Zanão.
Nutricionista dá dicas saudáveis
A nutricionista Franciela Alves afirma que é possível se alimentar de forma saudável utilizando massas semiprontas, desde que a escolha de recheios e molhos seja correta. ‘O mais importante é evitar o que chamamos de gordura de adição, ou seja, as frituras, os acompanhamentos tipo maio-nese’, observa.
Usando a criatividade, a nutricionista diz que um recheio light pode ficar bem saboroso. Ela recomenda o uso de queijos brancos (frescal, cottage) no lugar dos amarelos, que são mais gordurosos. Para dar mais sabor, Franciela sugere temperar o queijo com orégano e azeite. ‘Também dá para misturar milho e frango desfiado, cozido apenas na água e sal. Fica bem gostoso’, diz.
Segundo a nutricionista, o presunto, o salame e o hambúrguer podem ser substituídos por frios mais leves como peito de peru e chester. Outra dica é incluir nos recheios o tomate seco. ‘É um alimento calórico, mas se usado com moderação é muito bom. O processo de secagem do tomate ativa o licopeno, que é uma substância que faz bem ao coração. Além disso, é muito saboroso.’
Franciela recomenda também a opção por verduras como rúcula, agrião, chicória, espinafre. ‘Os alimentos verde escuros são ricos em vitamina B, que faz bem para cabelos e unhas’, afirma.