Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Espumantes

Brindes de fim de ano com 'gostinho' de Brasil

Agência Estado
31 dez 1969 às 21:33

Compartilhar notícia

Serra gaúcha concentra quase toda produção de espumantes do País - Divulgação Fenachamp
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O tradicional brinde nas comemorações de fim de ano tem cada vez mais um gostinho brasileiro. Impulsionada pelo consumo, a produção de espumantes no Brasil - do nobre brut (tipo champanhe) ao popular moscatel - cresce em torno de 20% ao ano, desde 2005, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Vinho (Ibravin). Um dos motivos, acredita o pesquisador Mauro Celso Zanus, da Embrapa Uva e Vinho, é a constante melhora da qualidade dos produtos brasileiros.

Conforme levantamento do Ibravin, enquanto o consumo de espumantes nacionais cresceu em torno de 15% de janeiro a outubro deste ano, em relação ao mesmo período de 2007, os importados perderam espaço no mercado brasileiro. O consumo do champanhe importado caiu 10% este ano.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Além da melhor qualidade, o consumo de espumantes também cresce em função de novos hábitos do consumidor brasileiro. "Estes produtos deixaram de ser consumidos apenas em grandes festas e celebrações e passaram a ser incorporados em situações mais comuns. Hoje, também servem de acompanhamento de vários pratos, como ocorre com os vinhos", diz o pesquisador.

Leia mais:

Imagem de destaque
Bebida e um prato por R$22

Londrina recebe o festival gastronômico Brasil Coffee Week

imagem de legumes em uma bandeija
Oportunidade

Secretaria da Mulher oferta Curso de Manipulação de Alimentos em Londrina

Imagem de destaque
Participe!

CCI Oeste promove oficinas de culinária para idosos de Londrina

Imagem de destaque
Spaghetti, tagliatelle, fettuccine...

Inscrições para o curso gratuito de masseiro encerram nesta quarta em Cambé


Serra Gaúcha

Publicidade


Os principais produtores brasileiros de espumantes são municípios na Serra Gaúcha, principalmente Bento Gonçalves e Garibaldi, que concentram quase 90% da produção. O clima nesta região é o mais adequado para a produção das variedades de uvas finas. "Nas noites de verão as temperaturas são amenas, o que ajuda a preservar a acidez das uvas, fundamental para produzir um bom espumante brut", explica Zanus. "A acidez dá equilíbrio ao gás carbônico, equilibra o paladar."


De acordo com o pesquisador, a base do espumante é o vinho branco. Por isso, algumas variedades têm dupla função. Mas cada uva proporciona características diferenciadas ao espumante. Para o brut, por exemplo, que é um produto nobre, são usadas as variedades riesling italico, chardonnay e pinot noir. Já o espumante moscatel, mais doce e popular, é produzido com uvas como moscato branco e moscato giallo.

Publicidade


A época de colheita é outro diferencial para garantir a qualidade. Para produzir o espumante brut, que tem de 6 a 15 gramas de açúcar por litro e de 12 a 12,5 graus de álcool, a uva precisa ser colhida antes do período de maturação, porque "quanto mais madura, mais doce será a uva, e o brut precisa de alta acidez", destaca Zanus.


O espumante moscatel, apesar de ser mais doce em comparação ao brut, também exige que a colheita da uva seja precoce. "Neste caso, a uva deve ser colhida com 16 graus brix. Se fosse para produção de vinho, colheria com 22 graus brix", compara o pesquisador.

Publicidade


Mas garantir uvas com as características necessárias para produção de um espumante de qualidade exige também mais cuidados no campo. "É preciso mão-de-obra qualificada", afirma o vitivinicultor Irineo DallAgnol, que cultiva 20 hectares de uva para vinho e espumantes finos, em duas propriedades na Serra Gaúcha. "O manejo é diferenciado. Fazemos, por exemplo, várias podas verde, para tirar o excesso de vegetação, o que permite entrada de sol e facilita tratamentos fitossanitários."


DallAgnol também montou uma pequena vinícola onde produz cerca de 15 mil garrafas de espumantes por ano. "Nos últimos cinco anos percebi que o mercado de espumantes estava melhorando. Então comecei a investir no plantio de variedades mais nobres e na industrialização de espumantes", diz ele. "O Brasil tem clima, tecnologia e consumidor para liderar esse mercado. Mas produzir um bom espumante exige perspicácia, porque qualquer defeito aparece no sabor da bebida."

O viticultor Ervalino Pano, de Monte Belo do Sul, concorda. "Dá o triplo de trabalho produzir uva para fabricação de espumante, comparando com a produção de uva para vinho branco", diz. Por isso, o preço precisa ser diferenciado, "senão, não compensa produzir". Este ano, a indústria pagou em torno de R$ 1 o quilo de uva fina para espumante. Enquanto a uva da mesma variedade destinada para fabricação de vinho foi vendida em torno de R$ 0,45 o quilo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo