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Tóquio terá estado de emergência durante Olimpíada devido a casos de Covid

08 jul 2021 às 11:15

Tóquio estará de novo sob estado de emergência a partir de segunda-feira (12) e durante todo o período da Olimpíada, que termina em 8 de agosto. O estado de emergência, decretado pelo governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga, irá vigorar até 22 de agosto na capital japonesa.


"Temos que tomar medidas mais firmes para prevenir outro surto no Japão também considerando o impacto das variantes do coronavírus", afirmou Suga, cuja força-tarefa também decidiu estender o estado de emergência em vigor em Okinawa.


Será a quarta vez que Tóquio entrará e estado de emergência desde o início da pandemia, no ano passado. A ideia do governo federal é que esse período de restrições possa ser encerrado antes, se os números da pandemia diminuírem no país.


Uma das consequências do estado de emergência afeta a presença do público nas arenas olímpicas. O Comitê Organizador de Tóquio adotou a regra de que os estádios recebam 10 mil pessoas ou 50% de sua capacidade (o que for menor). Há duas possibilidades: que o limite de público nas instalações caia para 5.000 torcedores ou até que os Jogos sejam realizados com portões fechados.


O crescimento de casos já fez com que os organizadores decidissem vetar o revezamento da tocha olímpica pelas ruas de Tóquio para prevenir aglomerações. A venda de bebida alcoólica nos estádios também foi proibida.


Além de Tóquio, um quase estado de emergência, com menos restrições ao comércio, será estendido até 22 de agosto para Chiba, Saitama, Kanagawa e Osaka. Saitama é uma importante subsede da Olimpíada, já que irá receber competições de golfe, basquete e futebol. Hokkaido, Aichi, Kyoto, Hyogo e Fukuoka terão fim das restrições no próximo domingo (11), como estava programado.


Com o estado de emergência, bares e restaurantes estão proibidos de vender bebida alcoólica e terão que fechar até as 20h. Já os locais em quase estado de emergência também podem proibir a venda de álcool, mas os governos locais têm o autonomia para relaxar essa regra.


"Queremos evitar que as pessoas viajem nas férias de verão e nos feriados até que a vacinação avance", afirmou Yasutoshi Nishimura, ministro encarregado de combater a pandemia no país.


O governo do Japão espera que a situação do país melhore com a aceleração da vacinação e que isso diminua a pressão sobre o sistema nacional de saúde. Segundo o site Our World in Data, 15,2% dos japoneses estão imunizados e 26,5% receberam ao menos a primeira dose. A última atualização é da última terça-feira (6).


Por outro lado, a pandemia continua avançando no Japão. De acordo com dados coletados pela Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA), na quarta-feira houve 2.180 novos casos de Covid-19 no país. A média móvel voltou a aumentar, para 1.683. Desde o início da pandemia, 812 mil pessoas pegaram Covid-19 no Japão. Houve mais 14 mortes na quarta-feira, totalizando 14.848 óbitos para a doença até agora.

O governo metropolitano de Tóquio, por sua vez, divulgou mais 920 infectados na quinta-feira (8). É o maior número desde meados de maio, quando houve o pico da quarta onda no Japão. A média móvel chegou a 632 e cresce todos os dias desde 19 de junho. O temor é que, com a chegada de estrangeiros do mundo todo, a Olimpíada possa se tornar uma propagadora da variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia, que é altamente contagiosa.


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