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Chefe de equipes de Armstrong é suspenso por 10 anos

22 abr 2014 às 13:09

Técnico de Lance Armstrong durante grande parte da sua carreira, Johan Bruyneel foi suspenso nesta terça-feira por dez anos por ter ajudado a organizar um elaborado esquema de doping nas equipes que o ex-ciclista norte-americano venceu por sete vezes a Volta da França.

A Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) confirmou o veredicto dado por um painel da Associação Americana de Arbitragem contra Bruyneel e outros dois membros das equipes dele. O médico Pedro Celaya e o preparador físico Jose "Pepe" Marti cumprirão oito anos de suspensão, explicou a agência.


Em comunicado, a USADA disse que Bruyneel "estava no topo de uma conspiração para cometer doping generalizado nas equipes U.S. Postal Service e Discovery Channel abrangendo muitos anos e muitos ciclistas".


Bruyneel alegou que ele, Armstrong e os outros foram feitos de bodes expiatórios para uma época em que o doping era "um fato da vida" no ciclismo. "Não discuto que há certos elementos da minha carreira que eu desejava que tivessem sido diferente", disse, em um comunicado.


"No entanto, uma pequena minoria de nós tem sido usada como bode expiatório para toda uma geração", completou Bruyneel, que, como um cidadão belga, questionou o direito de a USADA processá-lo e disse que vai analisar se entra com uma ação na Corte Arbitral do Esporte.


Bruyneel, Celaya e Marti enfrentaram acusações de tráfico e administração de produtos e métodos dopantes, incluindo EPO, transfusões de sangue, testosterona, hormônio de crescimento humano e cortisona.


"O painel concluiu que o próprio Bruyneel se beneficiou consideravelmente dos sucessos das equipes e ciclistas que ele comandou durante período relevante", afirmou a USADA. Bruyneel se recusou a depor e "não apresentou testemunhas de fatos por conta própria", disse a agência.


Bruyneel está proibido de trabalhar em todos os esportes até 11 de junho de 2022. As sanções impostas a Celaya e Marti terminam em 11 de junho de 2020. As punições valem a partir de junho de 2012, quando a USADA acusou Armstrong e suas equipes de utilizarem doping generalizado após uma longa investigação.

Armstrong perdeu todos os resultados conquistados após agosto de 1998, incluindo os sete títulos da Volta da França, além de ter sido banido do esporte, assim como os médicos Michele Ferrari e Luis Garcia del Moral. Em janeiro de 2013, o ex-ciclista norte-americano confessou ter se dopado durante a sua carreira.


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