Dono de três títulos mundiais no contra-relógio, Michael Rogers pode voltar a competir novamente após a entidade máxima do ciclismo aceitar que a carne que ele comeu na China provavelmente causou seu teste positivo em exame antidoping. O australiano, também dono de uma medalha olímpica de bronze, conseguiu convencer a União Ciclística Internacional (UCI) que não teve a intenção de enganá-la.
"Após análise cuidadosa das explicações de Rogers e o acompanhamento técnico a UCI descobrimos que havia uma probabilidade significativa de que a presença de clembuterol possa ter se resultado do consumo carne contaminada da China", disse o órgão em um comunicado.
Rogers competiu em outubro passado na China, onde o clembuterol é amplamente administrado ao gado. O australiano, de 34 anos, testou positivo mais tarde, alguns dias depois, durante a disputa do Tour do Japão. A UCI informou que Rogers foi desclassificado da prova no Japão, mas consultou a Agência Mundial Antidoping antes de decidir que "ele não deve ser mais punido"
"Ao longo dos últimos quatro meses, eu e minha família temos passado por momentos difíceis", disse Rogers em um comunicado. "A decisão da UCI significa que eu posso voltar a competir imediatamente, e eu estou ansioso para voltar ao trabalho, competir no esporte que eu amo".
Rogers tinha sido suspenso provisoriamente em dezembro passado de correr pela equipe Tinkoff-Saxo. "Quero mostrar a minha gratidão ao comando da Tinkoff-Saxo pela forma profissional com que esta situação difícil foi tratada", disse.
O australiano ganhou três títulos mundiais consecutivos, entre 2003 e 2005. Em 2012, ele recebeu a medalha de bronze da prova do contra-relógio da Olimpíada de 2004, em Atenas, após o vencedor Tyler Hamilton ser desclassificado por doping.