Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Seca

Sem herdeiros campeões, Brasil vive jejum na F1 desde reinado de Senna

Luciano Trindade - Folhapress
02 mai 2024 às 21:00

Compartilhar notícia

- Divulgação
Publicidade
Publicidade

Quando Ayrton Senna conquistou seu terceiro título mundial, em 1991, parecia que o Brasil já tinha pronta uma linha sucessória para sua galeria de campeões de F1.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Leia mais:

Imagem de destaque
Fora da próxima olimpíada

Atletas do breaking aproveitam febre após Paris-24

Imagem de destaque
Próxima temporada

Fórmula Truck confirma etapa em Londrina em novembro de 2025

Imagem de destaque
Nova polêmica

O que tem em HD de Schumacher que preocupa família do heptacampeão?

Imagem de destaque
Invicto

Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano

Três nomes contavam com grande entusiasmo da mídia e da torcida: Christian Fittipaldi, então com 20 anos e campeão da F3000, equivalente à atual F2, Rubens Barrichello, à época com 19 e campeão da F3 inglesa, e Paulo Carcasci, já um pouco mais velho, com 27 anos, vencedor da F3 japonesa. Tudo isso em 1991.

Publicidade


Nenhuma dessas apostas chegou ao título da F1. E nenhum outro brasileiro alcançou o feito de Senna e de seus antecessores, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.


Do trio que despontava em 1991, Rubinho foi quem ao menos chegou perto do objetivo, com uma carreira robusta e dois vice-campeonatos mundiais, em 2002 e 2004. Nessas temporadas ele corria pela Ferrari, escuderia pela qual Felipe Massa também alcançou um vice, em 2008.

Publicidade


Desde o ano passado, Massa passou a questionar na Justiça a perda desse campeonato. Ele afirma que foi prejudicado durante o GP de Singapura, determinante para o desfecho do Mundial, vencido por Lewis Hamilton por apenas um ponto. Seus advogados estão na fase inicial de um processo que busca uma reparação financeira e histórica pelo ocorrido.


"A gente começa a pensar o que isso representa não só para mim mas o que representa para o país, para o automobilismo, para a formação de pilotos. A gente sabe quanto o Senna foi importante", disse Felipe à Folha de S.Paulo.

Publicidade


Depois de Ayrton, apenas Massa e Rubinho venceram corridas na categoria, mas seus triunfos somados, 22 ao todo, sendo 11 de cada um, representam apenas pouco mais da metade das 41 vitórias do tricampeão -até hoje o sexto que mais venceu na F1.


O Brasil vive um jejum de títulos há mais de três décadas. Parece cada vez mais distante a era de ouro do país na principal categoria do automobilismo mundial, com um auge que começou no início dos anos 70 e durou até a primeira parte da década de 90, quando Senna, Piquet e Fittipaldi conquistaram, juntos, oito campeonatos.

Publicidade


O país era a segunda nação com mais troféus, só atrás da Grã-Bretanha, que reúne os títulos da Inglaterra e da Escócia. Até 1991, os britânicos tinham dez mundiais -atualmente, acumulam 20.


Estacionado nos oito, o Brasil hoje é a terceira nação com mais campeonatos, atrás da Alemanha, que não tinha nenhum troféu até 1994, ano da morte de Ayrton Senna e também do primeiro dos sete títulos de Michael Schumacher. Com mais quatro de Sebastian Vettel e um de Nico Rosberg, os alemães agora somam 12.

Publicidade


Não há hoje representantes brasileiros na F1. Desde 2017, quando Felipe Massa completou sua 15ª e última temporada, nenhum piloto do país obteve uma vaga de titular.


No próximo domingo (5), no GP de Miami, o Brasil será representado somente por dois reservas, Felipe Drugovich, da Aston Martin, e Pietro Fittipaldi, da Haas. Dos dois, apenas o neto do bicampeão Emerson Fittipaldi já teve a chance de correr na categoria, mas isso na já distante temporada de 2020, quando participou de duas corridas, em Abu Dhabi e Sakhir, substituindo o francês Romain Grosjean.

Publicidade


Com um carro que competia no último pelotão naquela temporada, Pietro obteve como resultados um 19º e um 17º lugar, resultados que fazem parte do maior hiato de vitórias do Brasil na categoria.


A última vez que a bandeira brasileira foi vista no lugar mais alto do pódio foi ao fim do GP da Itália de 2009, quando Barrichello venceu. Já são 15 anos de jejum, o maior período desde que Emerson Fittipaldi deu ao país sua primeira vitória na categoria, em 1970.


Antes, o maior intervalo era entre a última vitória de Senna, no GP da Austrália de 1993, e o primeiro triunfo de Rubinho, no GP da Alemanha de 2000.


Fãs brasileiros de automobilismo costumam questionar qual seria o papel de Ayrton se ele estivesse vivo. Para alguns, ele usaria sua relevância para abrir portas para compatriotas. Pilotos que o conheceram ou entendem muito bem o mundo do automobilismo divergem sobre isso.


Luciano Burti, que disputou as temporadas de 2000 e 2001, acredita que Senna seria mais recluso e não seria uma figura frequentemente vista no ambiente da categoria. "Eu conheci pouco o Ayrton, mas eu não o vejo querendo viver conviver no meio do automobilismo, em que era muito assediado. Acho que ele seria parecido com o Pelé, de aparecer mais em momentos importantes para representar o Brasil."


Felipe Giaffone, piloto na Fórmula Indy por seis temporadas e de carreira vitoriosa na Fórmula Truck, por outro lado, acha que Senna poderia, sim, ajudar a formar novos pilotos. "O meu sentimento é que o Ayrton estaria hoje envolvido com escolas de pilotos, envolvido na formação de talentos", disse.


Imagem
Acidente de Ayrton Senna não seria fatal em carro atual da F1, afirmam pilotos
Existem algumas hipóteses sobre o que causou o acidente fatal de Ayrton Senna no GP de San Marino de 1994. A mais aceita considera a quebra da barra de direção. Outros também apontam que um pneu estava danificado, e há quem acredite em falha humana.
Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade