Em casa e com o moral renovado depois da "acendida" do carro da Mahindra Racing na recente etapa de Long Beach, Bruno Senna acredita que o E-Prix de Mônaco, sétima etapa da temporada e abertura da fase europeia, pode representar a "hora da virada" em sua corrida pelo título da Fórmula E.
"Melhoramos um pouco nos Estados Unidos e trabalhamos bastante desde então para evoluir nos treinos classificatórios, o que tem sido nossa principal dificuldade. Acho que agora estamos no caminho certo. Esta é uma boa hora para darmos uma virada", disse.
Bruno é um "local" em Mônaco, onde fixou residência desde que se transferiu da Fórmula 3 inglesa para a Fórmula GP2 em 2007. O principado evoca recordações não apenas do domínio que o tio Ayrton impôs durante seu reinado na Fórmula 1, como também pela sua própria vitória na GP2 em 2008.
"Aquela foi a mais importante da minha carreira até agora", lembrou Bruno, que atualmente ocupa a 10ª colocação do Mundial de Carros Elétricos da FIA. Lucas di Grassi, com 75 pontos, Nelsinho Piquet (74) e Nicolas Prost (69) são os primeiros do campeonato.
Morador ilustre de Mônaco e um dos principais nomes da Fórmula E, Bruno foi requisitado para a maior parte das ações promocionais da prova. Mas também aproveitou a sexta-feira, último dia antes das atividades de pista, todas concentradas no sábado, desde os treinos livres até a corrida, para participar de diversas reuniões de engenharia. A mais importante delas na tentativa de otimizar o aproveitamento das baterias. "Ainda estamos um pouco atrás de algumas equipes neste aspecto", admitiu.
O traçado de rua de Montecarlo não é exatamente o mesmo usado pela Fórmula 1. O ponto de largada e a área de boxes são os mesmos, mas pista não segue em direção ao cassino. Ao invés disso, os carros farão uma curva apertada na Saint Devote e reencontrarão o desenho original na saída do túnel. Com isso, o circuito foi reduzido para 1,76 km e será percorrido por 46 voltas.