A temporada 2021 começou a mil para a atleta Livia Avancini, da equipe Londrina/FEL/IPEC. Nas duas primeiras competições do ano, a arremessadora do peso conseguiu bater duas vezes o recorde paranaense da prova, garantiu vaga para o Campeonato Sul-Americano e ainda voltou a sonhar com uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio-2021.
Livia disputou os torneios Atletismo Paulista e Cidade Bragança Paulista - Capital Nacional do Atletismo. No primeiro, há duas semanas, marcou 17,30 metros, e no último final de semana, conseguiu melhorar ainda mais sua performance ao arremessar 17.54 metros, marca essa que lhe garante uma vaga para representar o Brasil no Sul-Americano. Inicialmente a competição estava agendada para acontecer entre os dias 14 e 16 de maio em Buenos Aires, mas a capital argentina desistiu da realização por conta do agravamento da pandemia do coronavírus. A expectativa é de que nos próximos dias seja anunciada a nova sede do torneio, e o Brasil é um dos candidatos fortes.
A atleta de 28 anos não esconde a empolgação com o início de temporada. "Desde o início do ano, eu e a minha treinadora Silvana Vieira temos trabalhado intensamente na busca por melhorar as marcas. Tem muita dedicação, suor e luta envolvidos e estou muito feliz que tenhamos conquistado essa vaga. Representar a seleção brasileira é sempre um orgulho muito grande”, destacou a arremessadora.
Dona de cinco medalhas consecutivas em edições do Troféu Brasil de Atletismo, a principal competição da modalidade na América Latina, as boas marcas também recolocam a londrinense no radar olímpico. Com a última marca de 17,54, Livia hoje ocupa a segunda colocação nos rankings nacional e sul-americano da prova, atrás apenas da paulista Geisa Arcanjo, principal nome feminino do arremesso de peso brasileiro, que tem como marca principal 18,39 metros. O índice olímpico é de 18,50 metros.
Livia ainda terá algumas chances de alcançar o índice, além do próprio Sul-Americano na Argentina. Se ele não vier, uma nova boa marca a colocaria numa boa situação para garantir uma das vagas disponíveis pelo sistema de cotas, que lista as principais marcas do continente americano até a data determinada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
"As chances são boas e enquanto ela existir vamos trabalhar muito para que possamos alcançar esse feito tão sonhado. A Livia vive um grande momento, de amadurecimento como atleta, e isso nos deixa confiantes de que ela ainda pode evoluir e chegar ao índice e melhorando a marca para que possamos estar sempre bem colocadas no ranking sul-americano, que pode ser decisivo nessa classificação para Tóquio”, vislumbrou a treinadora Silvana Vieira.