Após quase perder o GP da Itália por causa da pressão de seus pneus, o bicampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, festejou a vitória e reforçou que o problema dos pneus não facilitou seu triunfo em solo italiano.
"Não estou preocupado no momento. Tive um grande fim de semana e é nisso que quero focar. Fizemos tudo o que podíamos. Não é meu trabalho pensar nessas coisas, então nem sei o que falar. A equipe tem feito um grande trabalho por todo o ano e estou muito feliz com o carro e como estou conseguindo tirar o máximo de mim", declarou Hamilton.
Sobre o fato da pressão do pneu traseiro esquerdo estar 0.3 libras abaixo do previsto pela Pirelli, Hamilton se limitou a dizer que não tinha conhecimento disso. Durante a corrida, a equipe pediu para que ele aumentasse o ritmo, mas não explicou o motivo. A ideia da Mercedes era que, se o inglês sofresse uma punição com desconto em seu tempo final, não perdesse a vitória. Hamilton chegou 25s na frente de Sebastian Vettel. Hamilton liderou todas as sessões de treinos livres e largou na pole.
"A Fórmula 1 é estar sempre no máximo e todos estão no limite de várias coisas. É assim que fazemos. Por qualquer motivo, meu carro estava com 0.3 libras a menos, mas isso não teve nenhuma influência no resultado. Não ganhamos por conta disso, mas porque éramos os mais rápidos", analisou o britânico.
Apenas os dois carros da Mercedes e da Ferrari foram checados, ainda no grid de largada. Apenas Hamilton e Rosberg estariam fora do regulamento. A regra é uma novidade neste final de semana. As pressões foram determinadas após os problemas enfrentados pela fornecedora de pneus na última etapa, na Bélgica, que culminaram com os furos nos pneus de Nico Rosberg nos treinos livres e na corrida, com Sebastian Vettel.
TÍTULO MAIS LONGE - Já Nico Rosberg, que chegou animado para o GP da Itália, esperando diminuir a diferença para o líder do campeonato, Hamilton, não tem muito o que comemorar no fim de semana. Rosberg foi atrapalhado pela largada ruim de Raikkonen e caiu para sexto. O alemão estava andando em terceiro quando seu motor estourou nas voltas finais.
"É muito desapontador. O fim de semana inteiro deu errado. Tive muito azar. Acabei tendo de trocar o motor, mesmo tendo sido um problema de chassi. Isso acabou atrapalhando toda a minha corrida e, no final, eu finalmente tinha os freios na temperatura certa para atacar Vettel e o motor estourou", salientou o alemão.
Sobre suas chances no campeonato, agora que está a 53 pontos de Hamilton com sete provas para o fim, Rosberg reconheceu que a situação é difícil.
"É um fato que demos um grande passo na direção errada. Foi a maior perda que eu tive em toda a temporada, mas desistir não existe para mim. Vou tentar ganhar as próximas corridas de alguma maneira."