Depois de conquistar o tricampeonato mundial de surfe, Gabriel Medina dedicou o título à companheira, a modelo Yasmin Brunet.
"Eu a amo. Ela esteve comigo o ano todo, ela faz eu me sentir o melhor cara do mundo. Quero dedicar a vitória a ela. Finalmente conseguir o troféu significa muito para mim, porque o ano foi diferente. Eu saí da minha zona de conforto, estou orgulhoso de ser um verdadeiro homem, ir a todo o mundo com minha mulher foi um grande desafio", disse em entrevista à transmissão oficial da competição.
Leia mais:
Vini Jr erra pênalti, e Brasil cede empate para Venezuela
Vinicius Jr vira 'máquina de gerar gols' do Real e lidera ranking europeu
Dudu segue pessimista mesmo com clamor da torcida por vaga no Palmeiras
Filipe Luis diz que foi comunicado do afastamento de Gabigol no Flamengo
O casal se envolveu em polêmicas nas Olimpíadas de Tóquio.
Devido às restrições ligadas à pandemia do novo coronavírus, ficou acertado que cada surfista só poderia levar uma pessoa ao Japão para atuar como técnico. Medina bateu o pé na tentativa de que Yasmin fosse sua acompanhante, porém teve de viajar sem a mulher após debate desgastante com o COB (Comitê Olímpico do Brasil).
No Japão, o brasileiro conseguiu ótimas ondas e avançou às semifinais do primeiro torneio olímpico do surfe, mas foi vencido pelo japonês Kanoa Igarashi. Na disputa pelo bronze, perdeu de novo. E, enquanto Italo Ferreira comemorava o ouro, Medina e, principalmente, Brunet esbravejaram por discordar das notas aplicadas pelos juízes.
Medina não obteve o título em Tóquio, mas sim no Mundial de surfe, após vencer na final o também brasileiro Filipe Toledo. O surfista ressaltou o quão importante foi a parceria com os demais atletas, inclusive com o rival pelo título.
"Sempre respeito esses caras. As pessoas pensam que somos rivais, somos só dentro da água, mas respeito todos no tour. Foi isso que aprendi no tour, respeitar e dar amor. Foi um ano muito intenso, viajar sem família mentalmente é muito difícil, então nós nos demos amor e apoio", comentou.
Em 2021, o título não foi decidido apenas pelo ranking mundial (liderado por Medina). Os cinco melhores surfistas da temporada se enfrentaram em uma etapa de mata-mata, em Les Trelles, nos Estados Unidos.
Quem estivesse melhor no ranking teria a vantagem de precisar de menos baterias para ser campeão, mas o novo formato também abriu espaço para reviravoltas.
Medina afirmou que essa forma de disputa é mais desafiante mentalmente. Por outro lado, disse que estava pronto para surfar seis baterias completas se fosse necessário.
"É um dia especial para mim, eu tive esse sonho na minha mente por muito tempo [de ser tricampeão mundial] e toda a glória e honra para o cara lá [Deus]. Não tem outra forma, é trabalhar duro e deixar o surfe falar. Esse dia vai ficar para sempre na minha vida e vou falar dele para meus filhos", completou.