Futebol

Vasco volta a vencer o Botafogo e é campeão carioca

03 mai 2015 às 18:25

Num Maracanã vibrante e colorido como nos velhos tempos, embora a final fosse alvinegra, o Vasco derrubou dois longos tabus: superou o Botafogo pela primeira vez em uma decisão carioca, ao vencê-lo por 2 1, e quebrou um período de 11 anos sem o título estadual, uma conquista merecida, levando-se em conta que o clube conseguiu dar a volta por cima, após os fracassos recentes, revelando um herói improvável até a semana passada, Rafael Silva.

O Botafogo entrou com uma formação curiosa, com Tomas Bastos e Luiz Ricardo, sem que ficasse evidente as funções de cada um. Mesmo assim, começou em busca do gol, e Martín Silva evitou um gol de Bill logo aos quatro minutos, deixando a impressão que o time de General Severiano estava mesmo disposto a se superar para dar fim à vantagem cruz-maltina. Mas o Vasco equilibrou o jogo, marcando forte a partir do meio, obrigando o adversário a abusar da chamada ligação direta, e mais, criando oportunidades.


Aos 35, Fernandes, que havia substituído William Aarão, machucado, agarrou Dagoberto, recebendo apenas o cartão amarelo, um equívoco do árbitro, pois o atacante partia livre em direção ao gol. No fim do primeiro tempo, porém, o óbvio: Guiñazú recuperou bola, e lançou Rafael Silva, que bateu de canhota à esquerda abrindo o placar.


O Botafogo voltou para a etapa derradeira fazendo grande esforço para chegar ao empate. Mas esbarrava nas suas limitações, e o Vasco, mais cauteloso, não tinha lá muitos problemas para segurar o resultado, e ainda ameaçar nos contra-ataques. Mas acabou oferecendo espaço em excesso. E quando o Botafogo já parecia desanimado - e sua torcida calada - Diego Jardel tocou à esquerda de Martín Silva e empatou: 1 a 1. Os cruz-maltinos abriram os olhos e retomaram o ritmo. Mas o jogo permaneceu aberto.

Aos 37, Fernandes derrubou Serginho e foi expulso. Daí em diante, já não havia muito o que fazer. O Vasco tomou conta do jogo, e ao Botafogo, esgotado, restou aguardar o fim. Aos 47, Gilberto deu o tiro de misericórdia, marcando o segundo gol. Que ninguém diga que houve algum tipo de influência de fora do campo: isto seria de uma injustiça sem par.


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