A satisfação de Tite após a vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia não foi apenas pela classificação da seleção brasileira para a Copa do Mundo do Qatar, em 2022. Foi também por ter feito o que ele chamou de "ciclo completo". Isso significa os quatro anos entre um Mundial e outro.
Ele assumiu o cargo em junho de 2016, no meio do processo de preparação para a Copa da Rússia, em 2018.
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"A única coisa que me move é fazer um ciclo inteiro. Isso não foi feito na última oportunidade. Eu não me ofereci para a seleção, meu empresário não foi buzinar no ouvido de ninguém. Eu trabalhei para chegar até aqui. Quando comecei, peguei no meio de um processo. Fui convidado de novo para fazer um processo inteiro, tal qual fiz no Grêmio, Corinthians e Caxias", explica o treinador.
O gol de Lucas Paquetá, que deu ao Brasil a vaga para o torneio no Qatar com seis jogos de antecipação nas Eliminatórias, deve oferecer a Tite a segunda chance de buscar o título mundial. Há três anos, a equipe foi eliminada nas quartas de final pela Bélgica.
Ele vai se juntar a Luiz Felipe Scolari, Carlos Alberto Parreira, Telê Santana e Vicente Feola como técnicos que comandaram a seleção brasileira em duas Copas. O recordista é Zagallo, que esteve em três.
Bem ao seu estilo, Tite conteve a emoção na hora de comentar o que sentiu ao final do confronto na Neo Química Arena, em São Paulo.
"Não posso falar o palavrão que estava com vontade de falar", disse.
O auxiliar Cleber Xavier, sentado ao seu lado, o interrompeu.
"P.q.p, estamos no Qatar!"
O resultado também significou a vitória número 50 de Tite no comando da seleção, mas ele não deu grande importância ao fato.
"Não sou muito afeito a números. É legal, o reconhecimento é bom. Mas a minha maior alegria é dividir alegria. É a forma, a dignidade com que fazemos nosso trabalho", finalizou.
Na próxima terça-feira (16), o Brasil enfrenta a Argentina, em San Juan.