Futebol

Times terão plano para evitar exploração de adolescentes

20 fev 2013 às 17:51

O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MTP-PR) apresentou nesta quarta-feira (20), em reunião na sede da procuradoria do trabalho em Curitiba, um plano para combate de exploração de crianças e adolescentes em categorias de base dos clubes da Capital. O plano, de caráter nacional, ainda será apresentado para clubes do Interior.

A reunião foi feita entre a procuradora do trabalho Cláudia Sbalqueiro Lopes e representantes do Clube Atlético Paranaense, Coritiba Futebol Clube e Paraná Clube, os três maiores da Capital, além de membros da Federação Paranaense de Futebol (FPF). O objetivo é assegurar que os jovens jogadores, a partir de 14 anos, tenham acesso a boa estrutura nos treinamentos, alojamentos, educação e saúde.


Segundo a procuradora do trabalho, o ideal é que os clubes do Paraná, tanto os grandes quantos os pequenos, façam remodelagem de alojamentos, tenham pessoal especializado para orientar os atletas juvenis, ofereça assistência médica e fiscalize se eles fequentam a escola. Caso os clubes não cumpram esses requisitos, segundo Cláudia, eles podem ter problemas para requisitar o passe dos jogadores junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).


"É uma certificação. Muitos clubes têm profissionais que treinam os atletas, mas não são capacitados, ou os adolescentes são mantidos em locais com condições precárias de alojamento. Se isso for constatado, o clube poderá perder o direito pelo passe do jogador futuramente", explica a procuradora.


Trio de ferro - apesar da apresentação do plano, desde 2008 a Procuradoria do Trabalho no Paraná tem feito reuniões para que a estrutura oferecida por Atlético-PR, Coritiba e Paraná para os adolescentes seja melhorada. "Percebemos que os clubes da Capital já cumprem os principais pontos para manter a qualidade para esses jovens atletas".

A intenção, a partir da reunião desta tarde de quarta-feira, é divulgar o plano para pequenos clubes da Capital e também do Interior do estado, que terão que seguir as recomendações para se ajustar ao plano. "É uma forma de garantir o direito do atleta que é revelado nas categorias de base", finaliza.


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