No início da semana, Hernanes deu nota 7 para o futebol apresentado pelo São Paulo. Depois da partida desta quarta-feira, 24, certamente vai rever a avaliação. E para menos. Fora de casa, o time perdeu para o Bragantino pelo Campeonato Paulista e desperdiçou a chance de dividir a vice-liderança com o Santo André.
Apesar do resultado, o São Paulo permanece sem ser ameaçado na terceira posição, com 30 pontos. Já o time de Bragança Paulista soma 20 pontos e se distancia da zona de rebaixamento da competição.
A equipe agora se prepara para o clássico contra o Corinthians, domingo, às 16 horas, no Pacaembu. O Bragantino visita o Rio Claro.
FALTOU UM CENTROAVANTE
Sem pelo menos cinco titulares - Washington e Alex Silva (poupados), Richarlyson (machucado), Cléber Santana (suspenso) e Cicinho, além de Fernandinho (preparo físico) - o São Paulo demorou a engrenar na partida. O meio-campo esteve preso e, abertos pelas pontas, os atacantes pareciam que não tinham sido apresentados um ao outro.
A cada ataque, a falta de um centroavante de ofício ficava ainda mais evidente. Marlos e Dagoberto tentavam as jogadas, mas não encontravam ninguém na área. Quando os meias decidiram avançar um pouco mais, faltou cacoete. Léo Lima errou feio uma cabeçada na marca do pênalti e Jorge Wagner desperdiçou cara a cara com o goleiro.
Com a lentidão da equipe de Ricardo Gomes, o Bragantino percebeu que poderia tomar conta do jogo. Foi a vez então de Esquerdinha infernizar a vida do lateral-direito Jean. Ele foi para cima do adversário, driblou por baixo das pernas, chutou em gol e só foi parado com falta. Mas o primeiro tempo ficou nisso.
NA BRONCA
Os dois times foram para o intervalo reclamando que as bolas do jogo estavam abaixo do peso permitido (de 410 a 450 gramas, segundo a International Boarding, órgão que regulamenta o futebol). O capitão Rogério Ceni avisou o árbitro José Henrique de Carvalho, que não o levou a sério.
Mas murcho mesmo estava o futebol do São Paulo. A salvação parecia vir das jogadas individuais. Em uma delas, Hernanes passou pelos zagueiros e acertou a trave. Sem sucesso, Roger, Marcelinho e Fernandinho entraram e não alteraram o placar.
Quando parecia que iria enfim decidir a partida, veio o golpe. O zagueiro Maurício aproveitou escanteio, subiu mais que a zaga e cabeceou firme para abrir o placar para o Bragantino. A partir daí, o time da casa se fechou para garantir o resultado.