O São Paulo resolveu comprar briga com o Vasco ao anunciar, nesta quinta-feira, a contratação do lateral-direito Foguete, de apenas 17 anos, uma das grandes promessas das categorias de base cruzmaltinas. O clube paulista alega que o jogador saiu de São Januário por determinação judicial e, assim, estava livre para assinar com qualquer time.
O caso é parecido com o do atacante Mosquito, outro destaque vascaíno, também da seleção brasileira de base. Quando completou 16 anos, o garoto não quis assinar contrato com os cariocas e seu empresário passou a oferecê-lo a diversos times. Todos recusaram, inclusive o São Paulo.
Na época, o então diretor das categorias de base do São Paulo, René Simões, disse que o clube não acertaria com Mosquito por conta de um acerto selado por todos os times das Séries A e B do Brasileirão, por sugestão de Ney Franco (hoje técnico tricolor). Na ocasião, os clubes se comprometeram a não tirar garotos dos rivais sem ressarcimento financeiro.
Mosquito acabou parando no Atlético-PR que, como "punição", passou a ser boicotado pelos demais, retirado de competições de base. Para pôr fim ao imbróglio, o time paranaense agora topou pagar ao Vasco pelo atacante.
Já o São Paulo alega que Foguete ficou sem receber salários no Vasco e que por isso não viu problemas em contratá-lo, reforçando que o lateral também recebeu propostas de Santos, Fluminense e Atlético-PR, outros que teriam rompido o "pacto" defendido por René, hoje diretor executivo do Vasco.
"Escolhi o São Paulo porque é o clube que oferece a melhor condição para eu evoluir como profissional e conquistar todos os objetivos para a minha carreira. Fiz muitos amigos na seleção brasileira que são do São Paulo e eles sempre falaram muito bem do clube. Estou muito feliz e pronto para começar a trabalhar", disse Foguete, em sua apresentação.
"O São Paulo, além de formar atletas desde sua inicialização, é um clube que os mais jovens têm o interesse de vir porque veem aqui uma forma de trabalho profissional, além da formação pessoal que priorizamos desde cedo", destacou Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo.