Treino antes de amistoso
O Santos aposta na mesma estratégia que usou com Neymar para estender a permanência de Ganso. O meia, porém, evitou como pôde confirmar que seguirá na Vila Belmiro até a disputa do Mundial, dezembro, no Japão.
No Pacaembu, pouco depois da conquista do tri da Libertadores, Ganso mostrou habilidade também diante dos microfones para desviar do assunto. "Vou seguir honrando a camisa do Santos e deixar que as coisas aconteçam naturalmente."
Com forte interesse de clubes da Europa, especialmente dos italianos Milan e Inter de Milão, ele já embarcou para a Argentina, onde vai disputar a Copa América com a seleção.
Até esta semana, o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, usava como trunfo a Libertadores para afastar o assédio europeu sobre Ganso.
Com o fim da competição, a estratégia será, segundo ele, repetir a conversa que teve com Neymar, que recusou proposta de 3,5 milhões de euros (R$ 8 mi) anuais do Chelsea, da Inglaterra.
"Aqui ele poderá continuar em evidência, perto dos amigos, das namoradas, com arroz, feijão e farofa. O bom senso vai prevalecer e a paixão também", afirmou Luis Alvaro. "Vamos segurá-lo usando o amor ao time, o prestígio que tem com a torcida e os recursos que vamos buscar junto aos parceiros do clube."
Para provar que o prestígio do time santista extrapola as barreiras nacionais, Luis Alvaro usou um dado curioso. "Fiquei sabendo que a final no Pacaembu deu audiência recorde em Montevidéu. Tenho certeza de que foi porque todos por lá também queriam ver o Santos."
O dirigente, no entanto, reconheceu que seu otimismo beira o ufanismo. "Sou ciumento com meus atletas. Por mim, encerrariam a carreira no clube, virariam dirigentes e até presidentes. Mas sei que é impossível."
Aos torcedores que o interpelaram sobre o assunto na saída dos vestiários do Pacaembu, o presidente santista mandou: "Não posso prometer o que não sei se poderei cumprir. Mas ele vai ficar aqui sim, vocês vão ver."
Martinuccio
Pretendido por Palmeiras e Fluminense, o jogador deve ir para a Itália. "Recebemos proposta de 4 milhões de euros (R$ 9 mi). Faltam apenas alguns detalhes", disse o vice-presidente do Peñarol, Edgar Welker.