O técnico Ramon Menezes tem sido um interino na seleção brasileira conforme a "cartilha" da CBF. O treinador, que é originalmente da seleção sub-20, fará nesta terça-feira (20), contra Senegal, sua terceira partida no comando do Brasil venceu uma (Guiné) e perdeu outra (Marrocos).
Salvo um desastre em Lisboa, a partir das 16h (de Brasília), ele sairá da data Fifa fortalecido para as próximas tarefas na entidade.
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O papel do interino
A CBF vê em Ramon um interino que foi útil até o momento, embora não tenha enxergado nele alguém para ser o técnico efetivo da seleção principal tanto que fechou verbalmente com Carlo Ancelotti para vir a partir de 2024.
Ramon fez o que a gestão da CBF queria em termos de escolhas de jogadores: deu chance a nomes que atuam no futebol brasileiro, sem jogar fora uma base da Copa do Mundo. O time se escora em uma espinha dorsal composta por Marquinhos, Casemiro e Vini Jr. E o chamado de Rony e Raphael Veiga agradou ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O comportamento de Ramon no cargo foi de "dançar conforme a música" da CBF. Em todas as entrevistas, fez questão de agradecer a Ednaldo pela chance. Não reclamou da agenda por vezes conflitante com a seleção sub-20: ele perdeu o início dos treinos na Granja Comary porque estava em um evento no Qatar e depois fez um bate-volta entre Argentina e Rio para anunciar a convocação atual.
A CBF, no geral, se mantém satisfeita com o trabalho de Ramon porque ele conseguiu ser campeão sul-americano depois de 12 anos, embora tenha caído nas quartas do Mundial Sub-20, frente a Israel. Ednaldo pondera o contexto de ausência de jogadores importantes da geração por causa da não liberação dos clubes.
No que Ramon está de olho
Ramon tem planos para abraçar outros projetos relacionados às seleções de base do Brasil. O principal deles é o projeto olímpico para Paris-2024.
O treinador também já mostrou interesse no Pan-Americano deste ano, no Chile. O Brasil conseguiu vaga justamente pela colocação final no Sul-Americano vencido sob o comando de Ramon.
Sobre a sub-20, os anos pares geralmente são de observação mais distante, com retomada de amistosos e preparação para o Sul-Americano de 2025 já na reta final. Ou seja, depois dos Jogos Olímpicos.
Passagem de bastão
Ramon ainda deve ter participação no processo transitório entre a gestão atual e Carlo Ancelotti. Não está claro ainda como a CBF fará com os jogos das Eliminatórias, a partir de setembro. O plano é contar com alguém de confiança de Ancelotti para conduzir o processo. O contrato do italiano com o Real Madrid vai até o fim de junho de 2024. Isso também o tiraria da Copa América, nos Estados Unidos, que começa em junho.
"Na CBF, a cada preparação eu passo um relatório. E aqui não vai ser diferente. Aqui fizemos a convocação pensando nos dois jogos, num time forte. E o meu trabalho foi totalmente voltado para os dois jogos, vencer Guiné, resultado positivo, voltar a vencer era importante, porque não vencemos Marrocos. Aqui vencemos Guiné e agora é fazer jogo seguro e com controle contra Senegal", disse Ramon Menezes, técnico interino da seleção brasileira
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