O presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, chegou nesta quarta-feira ao hotel que hospeda a delegação santista em Nagoya, no Japão, ainda antes da estreia no Mundial. E, questionado sobre o "caso Ganso" (o jogador vendeu os 10% de seus direitos econômicos para a DIS e disse que o clube não quis comprar), o dirigente saiu pela tangente.
"Estou acostumado com esse tipo de notícia nas vésperas de jogos importantes do Santos. Foi assim quando disseram que ele ia para o Corinthians e depois quando saiu que o empresário dele apresentaria três propostas alucinantes do futebol europeu. É uma informação sem o menor sentido", afirmou Luís Álvaro, um pouco antes do Santos vencer o Kashiwa Reysol por 3 a 1, nesta quarta-feira, e garantir vaga na final do Mundial - jogará agora no domingo, contra Barcelona ou Al-Sadd.
O problema é que o próprio Ganso já confirmou a venda para a DIS. Mas, mesmo assim, Luís Álvaro não dá o braço a torcer. "Não estou preocupado com isso agora. Converso semanalmente com o Paulo Henrique e vamos sentar para conversar em janeiro. A preocupação agora é com o Mundial", avisou o presidente santista.
As declarações que Ganso deu em Nagoya deixaram o presidente em situação desconfortável. Luís Álvaro vinha dizendo que o meia tinha percebido que havia deixado de ganhar R$ 5 milhões no ano porque a DIS não o deixou assinar o contrato proposto pelo clube. Ele transmitia a imagem de que Ganso estava mais próximo do Santos do que da empresa, mas a entrevista do jogador mostrou exatamente o contrário. A DIS passou a ter 55% dos direitos do meia, contra 45% do Santos. O negócio foi fechado por R$ 5 milhões.
Enquanto Ganso garantiu que o Santos foi informado de sua intenção de vender os direitos econômicos e não se interessou, a direção do clube sustenta não ter sido notificada da proposta da DIS para dizer se exerceria sua preferência ou não. Os próximos capítulos dessa novela prometem ser quentes.