A seleção brasileira teve um grande desafio físico contra a Zâmbia no último duelo pelo Grupo F dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O Brasil venceu por 1 a 0, classificou-se para as quartas, mas teve muitas preocupações com faltas, lesões e peças de reposição durante a partida.
A técnica Pia Sundhage escalou um time misto contra as africanas, já que a vaga estava praticamente garantida. O segundo lugar faria a equipe escapar de um duelo contra os EUA na próxima fase. O que aconteceu.
Tanto Bia Zaneratto quanto Poliana tiveram de deixar o campo de maca após choques na cabeça. No intervalo, Pia substituiu Marta e Formiga para evitar que duas de suas principais peças sofressem alguma lesão. O motivo de tudo isso foi a força desproporcional empregada pelas jogadoras rivais nas disputas de bola.
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O Brasil esteve em vantagem numérica durante a maior parte do jogo. Aos 9 minutos, a zagueira Mweemba fez uma falta em Ludmila que gerou um efeito dominó. A jogadora brasileira atingiu o rosto da goleira Nali, que foi tirada de combate e teve de ser substituída. Após o atendimento, Andressa Alves cobrou a falta e marcou um golaço pelo Brasil. A jogadora, inclusive, foi o grande destaque do ataque brasileiro.
Outro grande desafio para a equipe brasileira era marcar Barbra Banda. A artilheira da equipe africana fez dois hat-tricks nos jogos anteriores. Quem teve a árdua missão foi a zagueira Rafaelle, que contou com a ajuda da goleira Bárbara quando a atacante rival levou vantagem.
O duelo com uma seleção de estilo de jogo diferente ao que o Brasil está acostumado a enfrentar mostrou a Pia que o embate físico não é o melhor caminho para as suas comandadas.
Sem jogadoras fortes fisicamente e com a saída de Bia Zaneratto, a equipe teve a sua pior atuação na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Na próxima fase, o Brasil enfrenta o Canadá, que se classificou na segunda posição do Grupo E, após o empate em 1 a 1 com a Grã-Bretanha. O confronto entre brasileiras e canadenses vai ser na próxima sexta (30), às 5h (de Brasília).
Brasil
Bárbara; Letícia Santos, Poliana (Bruna Benites, aos 19/2ºT), Rafaelle e Jucinara; Formiga (Julia, no intervalo), Angelina, Andressa Alves (Debinha, aos 35/2ºT) e Marta (Duda, no intervalo); Bia Zaneratto (Giovana, aos 27/1ºT) e Ludmila (Geyse, aos 19/2ºT). T.: Pia Sundhage
Zâmbia
Nali (Musole, aos 17/1ºT); Belemu, Agness Musasi, Mweemba e Martha Tembo; Lungu, Kundananji (Evarine Katongo, aos 47/2ºT), Chitundu (Vast Phiri, aos 17/1ºT), Chanda e Lubandji; Babra Banda. T.: Bruce Mwape
Local: Estádio Saitama, em Saitama (Japão)
Árbitra: Yoshimi Yamashita (Japão)
Cartão amarelo: Angelina (Brasil)
Cartão vermelho: Mweemba (Zâmbia)
Gol: Andressa Alves, aos 18/1ºT (1-0)