Atolada em dívidas e rebaixada para a Série C do Campeonato Brasileiro, a Portuguesa planeja negociar parte do terreno do Canindé com a iniciativa privada para sobreviver, segundo informações do jornal "Folha de São Paulo".
A matéria publicada na edição desta quinta, afirma que o clube tenta tirar do papel a ideia de demolir seu estádio para a construção de outro menor.
- Do jeito que está não dá. Tive de pagar as contas de água e funionários com meu dinheiro. Não temos caixa para bancar o futebol. A folha salaria está atrasada há três meses. E jogador que não recebe não joga direito - disse o presidente Ilídio Lico em entrevista ao jornal.
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Nesta quinta, o conselho deliberativo do clube vai fazer uma reunião para começar a discutir sobre o ano que vem. A situação da Lusa é grave , o presidente do conselho, Marco Antônio Teixeira Duarte, define o atual estado como "pré-falência".
Para se reerguer, Teixeira Duarte diz que o clube busca um parceiro para bancar a reconstrução do Canindé e transformá-lo em um espaço lucrativo "melhor que a arena do Palmeiras".
- Estamos analisando esse projeto. Queremos criar um complexo maravilhoso, nos moldes da arena do Palmeiras, mas dez mil vezes melhor - disse.
Para Lico, a ideia é que uma empresa banque a demolição do Canindé e construa um menor no lugar. A capacidade atual (21 mil lugares) realmente foi mais do que o necessário na Série B durante o ano. Somando todas as partidas que o clube lusitano fez na Série B até o momento, o público não chega a 18 mil.
Jogando em casa, ao invés de lucro, o clube teve prejuízo. Os números apresentados na Folha mostram que o déficit foi de R$ 270 mil. A única partida em casa que a Lusa lucrou foi contra o Vasco, mesmo assim, apenas R$ 35 mil.
A diretoria culpa o STJD por parte da atual situação. O clube foi rebaixado pela segunda vez seguida no Campeonato Brasileiro.
- Tínhamos um time de Série A e um orçamento de Série A. De uma hora para outra, tivemos que mudar tudo - disse Teixeira Duarte, que dirige o clube no lugar de Lico (suspenso pelo STJD por permitir que o clube abandonasse o campo na primeira rodada da Série B).
Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", a verba de direitos de televisão caiu de R$ 18 milhões da série A, para R$ 2,5 milhões na série B. Agora na Série C do Brasileiro, não há cotas de TV, a única ajuda é da CBF, que paga passagens de ônibus e aéreas para distâncias maiores de 700 quilômetros.
A Portuguesa perdeu quatro pontos no Brasileiro de 2013 e acabou sendo rebaixada para a segunda divisão por ter escalado de forma irregular o meia Héverton.
Em entrevista para o jornal "O Estado de São Paulo", Teixeira Duarte ainda têm esperanças de que o time voltará a elite rapidamente.
- Vamos enfrentas a Série C e o Paulista pensando grande. No último mandato do Ilídio, estaremos na A - disse.