Após a invasão de membros de torcidas organizadas ao CT e o empate contra o Coritiba, a diretoria do São Paulo decidiu blindar o elenco. Com o aval da comissão técnica, o time fará treinos fechados até sexta-feira e treinará dois dias em dois períodos. A justificativa é dar tranquilidade aos jogadores e promover "ganho técnico", aproveitando a semana livre até o próximo jogo, o clássico contra o Palmeiras, em 7 de setembro, no Allianz Parque.
O momento é delicado. Torcedores invadiram o CT do clube no último sábado, agrediram três jogadores (Wesley, Michel Bastos e Carlinhos) e roubaram objetos do clube. Foi nesse contexto que a equipe entrou em campo contra o Coritiba e empatou por 0 a 0, domingo, no Morumbi. A ordem é aproveitar os quase dez dias de preparação para o clássico da semana que vem. "Foi uma semana difícil para gente. Agora precisamos recuperar a confiança e vamos aproveitar esses dez dias para consertar o que está faltando", disse o volante Hudson.
O técnico Ricardo Gomes, que ainda não venceu no comando do time, tem problemas para escalar a equipe. Buffarini recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora do jogo. Bruno e Rodrigo Caio sofreram lesões musculares. Já o chileno Mena e o peruano Cueva vão defender suas seleções pelas Eliminatórias da Copa e não devem ter condições de jogo para encarar o Palmeiras.
O São Paulo ocupa apenas a 11ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 28 pontos. A posição na tabela é intermediária, mas o problema é que a distância para a zona de rebaixamento é de apenas quatro pontos. Ricardo Gomes reconhece o mau momento, mas prevê reação da equipe. "Os números não são bons, mas vamos reverter. Sempre após a Libertadores aqui há ressaca. Não é a primeira vez. Vamos recuperar. O time foi bem no primeiro tempo, melhorou no segundo (contra o Coritiba)", disse o treinador.