O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, revelou nesta quinta-feira que irá recorrer às autoridades das três esferas de governo para tentar acabar com a violência no futebol. O dirigente terá um encontro com o prefeito Fernando Haddad nos próximos dias e vai aproveitar para pedir o apoio do governador Geraldo Alckmin e da presidente Dilma Rousseff.
Apesar de os atos de violência da torcida contra os jogadores, mais cedo, no aeroporto de Buenos Aires, estarem diretamente ligados à principal organizada do clube, Nobre explicou que não quer o fim das organizadas.
"Não sou contra as organizadas porque elas tem muitas coisas positivas. Isto que aconteceu é coisa de meia dúzia de bandidos e que estes bandidos têm de ser expurgados. A presença deles acaba afastando os torcedores comuns", disse Nobre. "Não cabe ao Palmeiras ir ao Ministério Público pedir a extinção da torcida. Cabe ao órgão tratar sobre o assunto."
Mais cedo, no Rio, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reforçou o discurso de que o Judiciário deve tomar medidas contra a violência no futebol. "Os clubes e seus dirigentes não podem estar submetidos a isso (violência das organizadas). Espero que o Judiciário e a polícia tomem as medidas para punir os responsáveis", declarou.
"Temos que identificar aqueles torcedores que são violentos. Numa organizada às vezes você tem dezenas de milhares de torcedores. De que adiantaria extingui-las, se elas continuariam a existir na clandestinidade?", argumentou Rebelo.