O Palmeiras e a WTorre conseguiram reverter o pedido do Ministério Público (MP) que estipulava a realização de uma perícia que serviria para decidir se as obras da Arena Palestra seriam paralisadas ou não. Com o recurso obtido pelo clube e pela construtora, o prazo para a realização da peritagem no local está adiado por tempo indeterminado.
No último dia 25 de fevereiro, a 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo publicou no Diário Oficial a decisão sobre a realização da perícia e o Ministério Público chegou a pedir que o antigo Palestra Itália fosse reerguido no mesmo local. Naquela ocasião, o prazo para a perícia era de 45 dias a partir da decisão favorável ao MP.
O clube e a construtora sempre mostraram confiança e descartavam a possibilidade de as obras no estádio pararem. O MP analisava a acusação de que existiriam algumas irregularidades nas obras realizadas antes mesmo do início das mesmas. Se fosse apontada alguma irregularidade, os trabalhos seriam paralisados e a construção poderia ser demolida.
Entre as supostas irregularidades, uma delas é a de que o Palmeiras teria usado notas fiscais frias para comprovar a realização de obras feitas entre 2002 e 2008. Outro ponto é o fato de a construção ter alvará de reforma e não de construção. Entretanto, uma das arquibancadas do antigo Palestra Itália permanecem erguidas, o que, legalmente, significa uma reforma.
Quando a Justiça determinou a realização de uma perícia na Arena Palestra, o diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, disse que quem deveria se manifestar sobre o caso era a WTorre, e que o clube não iria falar do assunto. Na ocasião, a empresa divulgou um comunicado dizendo que o tema já era um caso antigo e já encerrado e que, por isso, nenhum dirigente iria se manifestar.