Futebol

Nobre se decepciona com Henrique e lamenta 'herança' de Tirone

31 jan 2014 às 14:03

As contratações de Wesley e Henrique na gestão de Arnaldo Tirone geraram problemas para a diretoria atual, de Paulo Nobre, resolver. Depois de vender o zagueiro para o Napoli (ITA) e ser acionado na Justiça pelo fiador que ajudou na contratação do volante, o mandatário palmeirense mostrou-se decepcionado com as atitudes do ex-capitão pelo clube, o qual tinha uma dívida de quase R$ 7 milhões por conta de sua compra, do Barcelona (ESP), em 2012.

- Quando ele (Henrique) veio, o discurso era de que vinha de graça, mas a gente arcou com uma dívida de R$ 5 milhões com quem o trouxe, e luvas de R$ 1,8 milhões com o Henrique. O problema é quando tem esta atitude, mas não pagam o jogador, nem o agente, acabam empurrando isto para a gestão futura - explicou Nobre.


- É claro que quando o meu capitão, no meio de uma discussão de parcelamento da dívida com ele, que conversa diretamente com o presidente, e notifica extra-judicialmente o clube em um ato claramente preparatório para deixar o clube de graça, é decepcionante. Mas senhores, estamos no meio do futebol, isto acontece e temos que tratar com naturalidade – acrescentou.


Henrique assinou até 2017 com o clube italiano e havia recebido os quase R$ 2 milhões de luvas no início deste ano, depois de entrar na Justiça contra o clube. O ato gerou mal estar e fez com que o Verdão pegasse o dinheiro que seria destinado à premiação pelo título da Série B - este, porém, foi quitado pouco depois. Antes de ser negociado, o então camisa 3 chegou a pedir um aumento de quase R$ 60 mil mensais.


O caso de Wesley envolve a sua contratação também em 2012, feita por Tirone, tirando-o do Werder Bremen (ALE). Fiador do negócio, o presidente do Criciúma, Antenor Angeloni, acionou o clube no Tribunal de Justiça de São Paulo e a primeira decisão foi favorável ao financiador. Por isso, R$ 21 milhões do contrato de direitos de transmissão pago pela Globo estão bloqueados. O Alviverde já entrou com um recurso.


Sobre o tema, Nobre disse que "o departamento jurídico" pode falar com mais propriedade, mas reclamou da formatação dos negócios com Henrique e Wesley. O dirigente, porém, evitou fazer críticas diretas aos seus antecessores.

- Esportivamente falando, os dois deram bons frutos dentro de campo, mas com relação à parte dos acordos feitos entre clubes e jogador, teria feito de forma diferente, só que foi como as gestões anteriores conseguiram fazer e era política das gestões anteriores. Não podemos falar que só nossa gestão é correta, porque outras tinham outras filosofias e todas tentaram acertar, assim como nós - completou.


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