Dezenas de milhares de torcedores se uniram a familiares, amigos e colegas de Robert Enke para prestar suas últimas homenagens ao goleiro neste domingo, cinco dias depois de seu suicídio chocar o país e os fãs de futebol no mundo inteiro.
Em uma missa no estádio do Hanover, onde Enke atuava por seu clube, 45 mil pessoas, incluindo atletas e técnicos da seleção alemã vestidos de preto, assistiram enquanto o caixão de Enke era colocado no meio de campo.
"Robert Enke nunca voltará a este estádio onde conquistou nossos corações," disse o presidente do Hanover, Martin Kind, em um breve discurso. "Você era um número um no sentido real da palavra. É por isso que nossos corações estão tão pesados."
Enke se matou aos 32 anos de idade ao se jogar diante de um trem na terça-feira. Desde 2003 ele sofria de depressão.
O goleiro despontou no Borussia Moenchengladbach e depois se tornou capitão no Benfica, antes de uma passagem sem sucesso pelo Barcelona.
Enke em seguida se transferiu para o Fenerbahce, mas acabou reconstruindo sua carreira mais tarde, no espanhol Tenerife. Ele voltou à Bundesliga (campeonato da primeira divisão do futebol alemão) com o Hanover e estreou na seleção em 2007.
O goleiro atuou oito vezes pela Alemanha e estava perto de se tornar titular, depois de uma década sob as sombras de Oliver Kahn e Jens Lehmann, mas lesões e doenças conspiraram contra ele. Depois de não aparecer nas últimas convocações, sua presença na Copa do Mundo tornou-se dúvida.