Em entrevista publicada no site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o novo presidente da entidade, José Maria Marin, minimizou o possível racha interno na confederação. Uma parte das federações associadas está desconte por ter sido o paulista de 79 anos escolhido como sucessor de Ricardo Teixeira, depois de este renunciar.
"É natural e perfeitamente democrático que entre 27 federações existam algumas opiniões divergentes, principalmente em relação à interpretação do estatuto", disse Marin, que assumiu o cargo por ser o mais velho dos vice-presidentes.
Fazem parte do grupo dos descontentes Francisco Noveletto Neto, do Rio Grande do Sul, Ednaldo Rodrigues, da Bahia, Rubens Lopes, o "Rubinho", do Rio, e Paulo Schettino, de Minas Gerais. Os quatro não foram à posse de Marin, na segunda-feira. O gaúcho e o mineiro alegaram viagens aos EUA com as respectivas famílias.
"Tenho conversado com todos, alguns meus amigos de longa data e outros pelo telefone, já que estão viajando, e posso assegurar que todos estão unidos e convencidos de que temos uma responsabilidade enorme, que é a de conduzir o futebol brasileiro a bom termo", garantiu Marin.
O novo presidente da CBF também respaldou as permanências do técnico Mano Menezes e do diretor de seleções Andrés Sanchez, apesar de este ter colocado o seu cargo à disposição, uma vez que era funcionário de confiança de Ricardo Teixeira.
"Sou torcedor também e quero os melhores resultados e as melhores atuações. Só que isso agora é muito difícil de conseguir, mas está sendo buscado com competência pelo Mano Menezes e toda a comissão técnica, que têm a minha inteira confiança", disse ele, garantindo também a permanência do ex-presidente do Corinthians em seu cargo: "O Andrés é um homem de futebol, está no cargo certo, e tem todas as credenciais para fazer um grande trabalho à frente da seleção brasileira".
Colocado na CBF por recomendação de Marco Polo del Nero, Marin também desmentiu "que fará do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) um interlocutor privilegiado junto à presidência da CBF", como explica o próprio site da entidade máxima do futebol brasileiro.
"Sou amigo dele há mais de 40 anos, e claro que por isso tenho com ele uma maior proximidade. Mas vou conversar com ele e precisar da sua colaboração da mesma maneira que farei com todos os outros presidentes de federações", assegurou.