Futebol

Mano exalta eficiência e vê 'parâmetro' na Copa América

25 ago 2010 às 17:53

Prestes a comandar a seleção brasileira em um período de treinos de uma semana no início do próximo mês, em Barcelona, já que a CBF não conseguiu viabilizar a realização de um amistoso para o período, Mano Menezes afirmou nesta quarta-feira que deixará em segundo plano a possibilidade de o Brasil seguir jogando um futebol bonito, como o apresentado no amistoso contra os Estados Unidos, no último dia 10, em Nova Jersey, onde estreou à frente da nova função.

"No futebol, a primeira coisa que precisa ser feita é vencer, não importa como. Depois, vencer bem. E, depois, dar espetáculo. Não da para inverter essa ordem. Se você ficar perdendo a todo o momento, você não afirma trabalho, não afirma ideia", ressaltou Mano Menezes, em entrevista para a TV Bandeirantes, depois de escalar uma seleção cheia de garotos e com três atacantes diante dos norte-americanos.


Mano lembrou que, quando for preciso, o time pode atuar com três volantes e jogar bem, citando o exemplo ocorrido com o próprio Corinthians no último domingo, quando a equipe venceu o São Paulo por 3 a 0, no Pacaembu, pelo Brasileirão. Na ocasião, Elias, que é volante, funcionou como um autêntico meia e marcou dois gols. "Não adianta querer confirmar a tese (de retranqueiro), o futebol mostra lá dentro que existem muitas maneiras de ganhar. Se a escolha foi essa (por três volantes), tem a ver com os jogadores que nós temos e as possibilidades de momento", analisou.


O comandante ressaltou também que os amistosos serão uma constante no novo ciclo da seleção brasileira, já que ela não precisará disputar as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 pelo fato de o Brasil ser sede da competição. Porém, ele admitiu que o real parâmetro para medir a força na nova geração do futebol nacional será a Copa América de 2011, que será realizada na Argentina.


"Jogos amistosos têm o seu valor, mas são disputados em outro ambiente. Eles serão a parte maior da nossa preparação, mas os jogos oficiais têm outra conotação. E é lógico que você avaliar um jogo oficial contra um Argentina, um Paraguai é diferente. E você tem um parâmetro melhor para fazer uma análise", enfatizou.


SEMANA DE TREINOS - Mano ainda voltou a comentar nesta quarta o fato de a seleção não ter conseguido agendar um amistoso para o início de setembro. Ao fazê-lo, ele revelou que a República Checa era a primeira opção como rival do Brasil. Porém, ele admitiu que a negociação com o país adversário fracassou e assumiu parte da responsabilidade pela decisão de apenas treinar em Barcelona.


"Primeiro fui eu que tive parte na escolha disso que vai acontecer. Durante muito tempo nós criticamos os amistosos que o Brasil fez contra ninguém. As opções que se tinham eram boas, mas não foram possíveis. Como não conseguimos encontrar nenhuma seleção que fosse do nosso interesse, optamos por apenas treinar. Tivemos algumas boas opções de início, mas que não deram certo. A primeira opção que nós tínhamos era a República Checa, uma seleção que tem história, talento, mas não foi possível fazer", completou.

Na sequência, Mano reafirmou que "a segunda opção era trazer todos (os jogadores) para o Brasil ou fazer treinos na Espanha". "Mas, como o Brasileirão não para, optamos por não desfalcar as equipes daqui e, neste momento, optamos por convocar apenas os jogadores que jogam no exterior", justificou.


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