Michel Bastos, Kaká e Alan Kardec no banco de reservas, assim o São Paulo começou o confronto com o Vitória na tarde deste domingo no Barradão. No primeiro tempo, então, o time misto comandado por Luis Fabiano teve de assumir a bronca, e o fez com eficiência. No segundo, quando nem os milagres de Rogério Ceni foram suficientes, Kaká saiu do banco para dar a vitória por 2 a 1 e diminuir para dois pontos a diferença para o líder Cruzeiro.
Na última sexta-feira, Muricy Ramalho deu indícios de que usaria força máxima na capital baiana. Despistou bem. Na chegada ao Barradão, o presidente Carlos Miguel Aidar acreditava que todos os principais jogadores seriam poupados. Bom despiste, mais uma vez. Em campo, os paulistas foram representados por um time misto, que tinha Rogério Ceni, Ganso e até Souza, com dores no púbis, ao lado dos jovens Auro e Ademilson.
A mescla pode ter deixado alguns torcedores preocupados. Afinal, depois de tanto esforço seria hora de abrir mão do Brasileirão? Bastaram 12 minutos para que qualquer desconfiança fosse rechaçada. Osvaldo, um dos beneficiados com o descanso dos astros, cobrou falta com categoria e encontrou Luis Fabiano, aniversariante do último sábado, fora do bolo. O artilheiro mostrou estilo para cabecear e chegar ao 18º gol na temporada.
Ganso, então, assumiu as batutas para tentar esfriar o calor soteropolitano. Com toques cadenciados e requintados, o Maestro tentava cozinhar o jogo, que chegou a ser paralisado para reidratação dos atletas. Para espantar qualquer marasmo e apimentar a partida novamente, Dinei cabeceou com perigo para assustar, enquanto Denilson respondeu com pancada na trave.
O segundo tempo, quando o sol não castigava tanto os jogadores, foi o Vitória quem esquentou a partida. O São Paulo até tocava bem a bola, mas na correria os rubro-negros chegaram com perigo e só pararam em dois milagres de Rogério Ceni em chutes de Richarlyson e Juan. No lance seguinte, aos 11 minutos, o Mito nada pôde fazer quando o zagueiro Kadu acertou chute improvável no ângulo para empatar.
A solução de Muricy Ramalho foi colocar Michel Bastos e Kaká nas vagas dos inoperantes Osvaldo e Ademilson. Mais experiente, o Tricolor foi tomando conta do jogo, mas parava no goleiro Wilson. A tarde não parecia boa para os paulistas, até que Roger Carvalho escorregou na zaga, como Alemão havia feito no primeiro turno, e entregou a bola para Luis Fabiano. O faro de artilheiro deu lugar à solidariedade, e Kaká mostrou frieza para sacramentar a vitória. Agora, o São Paulo sorri com 62 pontos e seca o Cruzeiro. O Vitória lamenta, com 34, ainda na zona da degola.