O julgamento de John Textor no pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) foi adiado. Em pauta estavam as declarações do dono da SAF do Botafogo após a derrota para o Palmeiras, no Brasileiro do ano passado.
O caso voltará a ser tratado na próxima sessão do Pleno. O auditor vice-presidente Felipe Bevilacqua pediu vistas no processo, e os outros auditores concordaram.
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O relator Maurício Neves Fonseca havia pedido o aumento da pena para 105 dias e multa de R$ 75 mil. Maurício se manifestou antes de Bevilacqua.
Maurício considerou que Textor infringiu dois artigos. Ele citou o 243-F, que fala em "ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto" e o 258-B, "invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar".
Textou acompanhou a sessão de maneira remota. A imagem do dono da SAF alvinegra foi transmitida na sala do TJD-SP, onde aconteceu o julgamento.
O empresário recebeu suspensão de 35 dias e multa de R$ 25 mil no julgamento em primeira instância. Ele recebeu efeito suspensivo para aguardar o julgamento do pleno sem cumprir e punição
Vinícius Assumpção, vice-presidente geral do Botafogo, foi punido com suspensão de 15 dias. Ele fez uma publicação em rede social após a partida. A defesa argumentou que o dirigente não integra a SAF, mas tal ponto não foi levado em consideração.
Adryelson foi absolvido. O zagueiro, nesta terça-feira (9) no Lyon, da França, foi expulso naquela partida.
O Alvinegro foi punido com multa de R$ 5 mil. O valor a ser pago é por conta de copos arremessados no campo.
OUTRO JULGAMENTO
Textor vai enfrentar novo julgamento em breve. A ação acontece no STJD, após ele não apresentar as provas que disse ter sobre corrupção da arbitragem no Brasileiro. Em pauta na Primeira Comissão Disciplinar, o dono da SAF será julgado em sessão agendada para segunda-feira, por dupla infração ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Textor, em entrevista no começo do mês passado, afirmou possuir gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propinas e citou manipulação de resultados nas três últimas edições da competição nacional.
Na última quarta-feira, o empresário prestou depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre os supostos casos de manipulação. Ele chegou à Cidade da Polícia acompanhado de três advogados.
O depoimento durou cerca de três horas. Ele saiu do local diretamente para o Estádio Nilton Santos, onde acompanhou a derrota do Botafogo na estreia na fase de grupos da Libertadores.