Com o intuito de não comprometer a utilização do Maracanã na Copa das Confederações, em 2013, e no Mundial, no ano seguinte, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional do Rio (Iphan-RJ), Carlos Fernando de Andrade, anunciou nesta quarta-feira a aprovação do ponto mais polêmico das obras de reforma do estádio: a atual cobertura, de concreto, será demolida e a nova vai ser feita de lona tensionada.
O objetivo da mudança é atender às exigências da Fifa. Recentemente, laudos técnicos indicaram que a cobertura de concreto teve sua estrutura "condenada", não suportaria uma estrutura adicional para ampliá-la e tinha de ser trocada. A Fifa exige que todos os assentos têm de ser cobertos, a fim de proteger o público de intempéries.
"Foi uma análise de bom senso. Se quiséssemos ser ortodoxos, teríamos de exigir que a nova cobertura do estádio fosse refeita com o mesmo material da sua construção, ou seja, de concreto. Mas isso inviabilizaria prazos e aumentaria demais os custos", disse Andrade.
Ele não descartou a possibilidade de uma nova modificação na cobertura, possivelmente depois da Copa. "Se houver algum tipo de problema essa intervenção pode ser revertida."
Bem tombado pelo Iphan desde 2000, o Maracanã sofreu uma série de exigências por parte da Fifa para ser utilizado na Copa de 2014 e precisa, a cada modificação, do aval do instituto.