Emerson certamente tomará uma bronca pela expulsão, já que não atuará na quarta-feira que vem, no Pacaembu, mas seu gol na Vila Belmiro, além de garantir a vantagem tão sonhada por Tite, pôs fim a um jejum de oito jogos dos atacantes corintianos, nove dos titulares. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Santos, o Corinthians jogará pelo empate num palco onde somou cinco vitórias até aqui.
Foram oito jogos sem um atacante encontrar o caminho das redes adversárias, desde o gol de Willian na derrota para a Ponte Preta (3 a 2), ainda nas quartas de final do Campeonato Paulista, dia 22 de abril.
Por isso a ordem nesta quarta era ter capricho na Vila Belmiro. Foram 20 dias treinando finalização e um pedido de mais ousadia para Jorge Henrique e Emerson. Este parece ter entendido. Herói numa partida em que seu carrinho em Neymar poderia ter estragado uma noite que caminhava perfeita, Emerson deixou o gramado satisfeito pela pintura.
"Dá para ver que calculei o chute. Quando é sorte a gente não tem vergonha de falar, mas não foi sorte, não", disse o atacante, sobre seu chute colocado no ângulo de Rafael.
Feliz com seu chute preciso e ainda mais com a marcação implacável da equipe, principalmente em Neymar. "No futebol é difícil adivinhar algumas coisas (como parar o santista), mas o Tite pediu para a gente jogar mais compacto, com dupla marcação no danado", revelou.
Sempre havia um jogador perto de Neymar, apesar de não ter marcação individual, e outro na sobra. Alessandro, que seria o encarregado de ficar mais perto, agiu como um terceiro zagueiro, com Jorge Henrique dando auxílio.