Futebol

Gaviões se defende e ataca jogadores: 'arquibancadas devem fazer greve'

03 fev 2014 às 21:31

A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, emitiu nota oficial no fim da tarde desta segunda-feira para se defender das acusações por ter se envolvido na invasão ao CT do clube, sábado. Apesar da presença de torcedores com uniforme da organizada, a mesma garante que a sua diretoria não compactuou com atos de vandalismo e que punirá associados se for provada participação de algum deles.

Mas, a nota, de forma geral, é bastante crítica contra jogadores e contra a diretoria. Tanto é que o texto termina com uma ameaça: "Quanto à greve, já está é na hora de o elenco voltar da mesma, pois já faz um bom tempo que entraram (sic) de greve. Quem precisa realmente fazer uma greve são as arquibancadas", escreve a organizada.


Para a Gaviões, a culpa do que aconteceu sábado no CT é dos jogadores e dos dirigentes. "A situação ocorrida no último sábado demonstra não apenas o descontentamento por parte do torcedor organizado em relação à falta de comprometimento por parte dos jogadores e dirigentes do clube, mas sim de todo corintiano", diz o texto. A organizada desfere críticas contra a "imprensa marrom" por "caluniar" as organizadas e reclama das notícias que destacam os torcedores que ficaram presos em Oruro, "buscando relacionar a liberdade dos mesmos com o apedrejamento público e constante contra as organizadas".


A crítica aos jogadores vem em seguida. "Jogadores de futebol estão sendo blindados em suas profissões do mesmo modo que os políticos corruptos do nosso país. Estão sendo tratados como celebridades, mimados e idolatrados a um ponto em que o fato de não exercerem suas funções com a devida responsabilidade é encarado de forma natural", reclama a Gaviões.

"Deixamos claro que não somos uma torcida profissional que vive à custa do clube. Todos os ingressos e viagens são pagos de forma independente. Não abriremos mão de reivindicar e fiscalizar o clube para o qual dedicamos nossas vidas, tampouco deixaremos de cobrar os nossos direitos como torcedor, incluindo um valor justo dos ingressos", completa a nota.


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