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Uma das principais histórias do título do Flamengo na Copa do Brasil, Filipe Luís não quis tomar os holofotes. Dando o momento aos jogadores na comemoração, o treinador dividiu os méritos com Tite pela conquista e não mudou o discurso sobre o foco: sempre no próximo jogo, nunca no que já passou.
Filipe recebeu a medalha e foi caminhando lentamente pelo pódio. Quando chegou, dirigentes e o elenco já estavam por lá. Ele deu um abraço forte no goleiro Rossi, com quem conversou durante alguns segundos. Depois, ficou algum tempo olhando para a própria medalha de campeão. Na sequência, chamou Léo Ortiz para mais um abraço apertado, o que repetiu com David Luiz. O ex-lateral foi para o canto do pódio, onde estava Gabigol. Os dois se cumprimentaram de forma calorosa. Allan brincou e o treinador disse "meu filho". Ele olhou novamente para a medalha, a tocou várias vezes.
Na hora de levantar a taça, permaneceu na lateral. Abraçou Gabigol e comemorou enquanto foi coberto pelos papéis amarelos que faziam parte da cerimônia. Um pouco mais distante, observou a festa que faziam os jogadores até as famílias serem liberadas. Ao lado da esposa e dos filhos, tirou uma foto e deu estrelinhas no gramado junto com a filha Sara. Chamou pouca atenção para si, passou quase despercebido. A intenção dele era que os atletas fossem os únicos protagonistas daquele momento, que era deles.
Na entrevista coletiva, admitiu mérito próprio no título, mas nunca apenas dele. Dividiu especialmente com o técnico Tite, com quem trabalhou junto e já tinha como referência antes mesmo de se aposentar. Filipe sempre manteve o discurso de que o trabalho anterior não deixou um caos, o que possibilitou que ele levantasse a taça com apenas nove jogos no comando.
Mas Filipe novamente reafirma: não quer viver do que passou. A partir desta terça-feira (12) o foco dele é na sequência da temporada. O Flamengo inicia nesta tarde a preparação visando o jogo contra o Atlético-MG novamente, agora pelo Campeonato Brasileiro.
"Queria mencionar o Tite que me deixou na semifinal da Copa do Brasil, que fez um trabalho, ao meu ver, excelente, porque eu trabalhei com ele, eu sei o bom treinador que ele é e queria agradecer a ele. Depois, quero fazer uma menção especial a uma sensação que eu tenho dentro de mim e eu preciso falar que são os Garotos do Ninho, porque eu não estava aqui quando aconteceu tudo. Mas queria mandar um abraço para a família de todos eles", disse o treinador.
"Eu não tiro o meu mérito também, porque a eliminatória contra o Corinthians foi muito dura, foi muito difícil. E quando eu parei para analisar o Corinthians, eu achei que a gente fosse sofrer muito, porque tem grandes jogadores. Todos vocês viram o quanto foi difícil eliminar o Corinthians nessa eliminatória. E o Atlético, quando você para, pega a análise do Atlético e você analisa esse time, e as variações táticas que tem, as soluções que tem, jogadores, você entende quão difícil foi essa final. Essa final foi super complicada, muito difícil. Isso valoriza ainda mais a nossa vitória, a vitória dos jogadores, o esforço que eles fizeram. [...] No final das contas, dentro do campo, os protagonistas são os jogadores que realmente fizeram a diferença hoje".
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