O técnico Fernandão encontrou duas desculpas para justificar a derrota para o Náutico, por 3 a 0, nos Aflitos, no domingo: a bola parada do adversário e a atuação colorada no "último quarto" do campo. Os dois primeiros gols pernambucanos saíram em cobranças perfeitas de falta de Souza e o terceiro de cabeça, após escanteio batido da direita.
"Começamos bem, mas as duas bolas paradas fizeram a diferença. O nosso time sentiu um pouco e no intervalo tentamos abrir um pouco, para buscar um gol, para incendiar um pouco, mas a gente acabou tomando mais um gol de bola parada e aí o time sofreu um pouco", explicou Fernandão. "Eles tiveram o Souza numa noite super inspirada e aí fez um pouco de diferença."
Sem poder contar com D'Alessandro, Forlán e Fred, todos suspensos pelo terceiro amarelo, o treinador reclamou do setor de criação do Inter, que não fez a bola chegar até Leandro Damião. "Sofremos no último quarto do campo, o último passe não chegou com qualidade, principalmente para o Damião. Até o segundo gol nosso time estava conseguindo jogar, mas sem nenhuma qualidade no ultimo passe", criticou.
Para o jogo contra a Ponte Preta, domingo que vem, em Campinas, o problema será na zaga. Os zagueiros Índio e Rodrigo Moledo e o volante Guiñazu estão suspensos. Reserva, Jackson foi emprestado para o time sub-23 jogar a Copa Federação Gaúcha e se machucou. "Odeio desculpas, não gosto mesmo, mas de novo tenho problemas na zaga. De novo perco duas peças do mesmo lugar. Ainda tem o Jackson, que sentiu algo, então talvez eu tenha que pegar o Ygor. Mas aí eu também perco alguém para ficar na cabeça da área, onde perdi o Guiñazu", projetou Fernandão.
Apesar da distância para o São Paulo ter subido a oito pontos, com 12 a serem jogados, Fernandão evitou descartar a chance de levar o time à Libertadores. "Faltam quatro jogos, a gente tem que pensar na Ponte Preta, trabalhar na semana pra ir buscar contra a Ponte", respondeu ele, quando perguntado a respeito.