Aposentado dos gramados desde o fim de 2022, Diego Ribas assumiu o papel de "pai de jogador". Davi Moura atua no sub-13 do Flamengo e o ex-meia acompanha de perto os passos do primogênito.
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"Eu sou um pai bem ativo. Estou constantemente aprendendo também, para que possa ser eficiente nesta parceria. Tenho intimidade com meu filho, o que é importante. Ele consegue compartilhar as dúvidas, medos, e quando atingimos isso, conseguimos agregar. Sofro para caramba junto com eles (risos), mas essa experiência é incrível", disse Diego à reportagem.
Diego deu uma palestra na IberCup. A edição deste ano do torneio contou com mais de 400 equipes de todo o país, e 5 mil atletas disputando as categorias do sub-8 ao sub-14 de futebol masculino e feminino.
A competição contou com filhos de jogadores e ex-jogadores. Os filhos de Marcelo, Ganso e Felipe Melo, todos do Fluminense, e Arouca, que teve passagens por Flu, São Paulo, Santos e Palmeiras.
Davi se tornou mais um elo de Diego com o Flamengo. O ex-jogador atuou pelo clube da Gávea desde 2016 a 2022, e conquistou duas Libertadores, dois Brasileiro, dentre outros títulos.
O elo principal acaba sendo toda a história, a relação que forte que vivi com o Flamengo. Meu filho está no Rio, está feliz, é a cidade que escolhemos morar. Sou acolhido aqui. Meu filho está nessa missão, agora, e fico feliz. Todos sabem do meu amor e respeito pelo Flamengo e pelo esporte Diego
O ex-camisa 10 fez elogios a Filipe Luis. Eles foram companheiros de time no Rubro-Negro e o lateral virou técnico na base do próprio Fla. Atualmente, está no sub-20, após passagem pelo sub-17.
"Com meus ex-companheiros, tenho constante contato. O que construímos neste tempo de Flamengo foi extraordinário. Não só em campo, mas fora também. Uma relação de muita amizade. Filipe está arrebentando, como eu esperava. Sei que se preparou e se prepara cada vez mais. Não é por acaso esse resultado", afirmou.
Diego, atualmente, tem um podcast e dá palestras. Ele também lançou um livro.
"Está sendo desafiador. É algo novo que eu tenho feito, e o novo, às vezes, causa esse desconforto, mas adoro desafios. E, ao mesmo tempo, tem sido encantador tudo que tenho ouvido das pessoas. Estou feliz que, através da comunicação, tenho conseguido falar com todo tipo de pessoa. Não apenas relacionado ao esporte, mas também outras áreas, como a corporativa", apontou.
Ribas admitiu não pensar em voltar a trabalhar com futebol neste momento. O ex-jogador citou a autonomia na agenda para explicar a escolha.
"Eu não penso em estar diretamente ligado ao futebol. Neste momento, quero ter autonomia da minha agenda. Mais tempo para mim, mais tempo para a minha família. E quando se conecta diretamente com o futebol, perde isso. É um privilégio trabalhar com futebol, mas, ao mesmo tempo, tira essa autonomia que gosto e quero. Foi um dos motivos que me fez encerrar meu ciclo como jogador. Mas, se em algum momento eu sentir vontade e saudade de estar diretamente envolvido, eu volto. Não fecho as portas, mas estou feliz neste momento", disse.