Duas reuniões entre o técnico Arthur Elias e o núcleo de saúde e performance da seleção feminina definirão as onze titulares que enfrentarão os EUA na final olímpica deste sábado (10).
A primeira reunião ocorreu na quinta (8). A segunda seria na noite desta sexta (9). A grande dúvida é se Marta voltará como titular. Expulsa na primeira fase contra a Espanha, ela cumpriu dois jogos de suspensão. Sem ela, o Brasil jogou bem e eliminou França (1 a 0) e Espanha (4 a 2) no mata-mata.
"É muito bom contar com o retorno da Marta. Ela será incluída, assim como todas, nesse método de trabalho, escolhendo o time de início e as trocas de acordo com o que a gente achar melhor para a seleção", disse Arthur Elias.
Leia mais:
Vini Jr erra pênalti, e Brasil cede empate para Venezuela
Vinicius Jr vira 'máquina de gerar gols' do Real e lidera ranking europeu
Dudu segue pessimista mesmo com clamor da torcida por vaga no Palmeiras
Filipe Luis diz que foi comunicado do afastamento de Gabigol no Flamengo
Marta deve começar no banco, como mostrou a colunista Mônica Bergamo na quinta. Mas, no futebol internacional de hoje, os treinadores preferem anunciar a escalação momentos antes do jogo, para manter o adversário no escuro em relação ao esquema tático.
"A gente quer dar essa final para a Marta, por tudo que ela fez pelo futebol feminino", disse a meio-campista Angelina. Marta é a única jogadora que esteve presente nas duas finais olímpicas anteriores entre Brasil e EUA, em Atenas-2004 e Pequim-2008, ambas vencidas pelos EUA.
"A gente não tá pensando nesse histórico, não. O que ficou no passado, ficou", afirmou Angelina.
O técnico Arthur Elias concordou. "É como a Angel disse. É muito longe tudo isso que aconteceu. O fato de a Marta ainda estar aqui só mostra o tamanho dela. Essa memória, esse grupo não tem. Não tenho nada a ver com o que aconteceu no passado."
Ele voltou a se queixar dos acréscimos de mais de 15 minutos no segundo tempo da quarta de final contra a França e da semifinal contra a Espanha. Isso, segundo ele, altera a estratégia de substituições. "Interfere, porque são minutos a mais do que a gente está acostumado. É um desgaste muito grande."
Mas ele garantiu que não deu orientação especial às jogadoras em relação à possibilidade de que a decisão também tenha acréscimos muito longos. "Elas já se acostumaram. Perto de uma complexidade estratégica maior, não é tão significativo."