Dunga não vê motivos para se sentir ameaçado no comando da seleção brasileira em caso de tropeço diante do Peru, nesta terça-feira, em Salvador, pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O Brasil está na quarta colocação, com quatro pontos, e se não derrotar os peruanos na Arena Fonte Nova pode virar o ano fora da zona de classificação para o Mundial da Rússia.
"Ameaçado? Não sei por quê. É o futebol, é normal a cobrança que se tem em todas as profissões. É resultado. Ameaçado é uma palavra um pouco forte", disse o treinador em entrevista coletiva realizada no estádio de Pituaçu, onde a seleção brasileira fez o seu último treino antes de enfrentar o Peru.
A pressão em cima do treinador aumentou principalmente depois do fracasso na Copa América, quando o Brasil foi eliminado diante do Paraguai, nas quartas de final. Depois, o time estreou com derrota nas Eliminatórias para o Chile e o nome de Tite, técnico do Corinthians, passou a ser cogitado para assumir a seleção brasileira em 2016.
Apesar de Dunga não se sentir ameaçado no cargo, o treinador reconhece que só vitórias poderão lhe dar um pouco de tranquilidade para continuar na seleção. "Temos que somar pontos o mais rápido possível", afirmou.
O treinador manteve o mistério e não revelou o time que enfrentará o Peru. Quando os jornalistas tiveram acesso ao treino desta terça-feira, os atletas já disputavam um rachão. Até o ex-jogador Careca, auxiliar pontual da seleção, participou da brincadeira.
Tudo indica, no entanto, que Dunga vai abandonar o esquema com um centroavante que utilizou nas partidas contra Venezuela e Argentina para que Neymar jogue mais solto. Com a provável saída de Ricardo Oliveira e o retorno de Douglas Costa ao time titular, o treinador deve optar por uma formação mais leve e rápida para desarticular a defesa adversária.
"Temos que jogar com as características de nossos jogadores e tentar surpreender o adversário", limitou-se a dizer Dunga quando questionado sobre o seu plano de jogo para superar o Peru.